11 de dezembro de 2023
LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO
Continuando o tópico (02): “Aponte quais as obrigações dele.” – “Não deixe o seu filho falar às aulas sem necessidade. Isso atrapalha a rotina e dificulta a aprendizagem.” – A frequência às aulas é a única maneira de não perder nada, de poder acompanhar a evolução do ensino. Uma aula perdida já é um transtorno, pois será necessário tomar conhecimento do que ocorreu naquela aula e colocar tudo em dia.
Atrapalha a aprendizagem, é claro! Perder uma aula por necessidade, como doença, falecimento em família, viagem inesperada, greve no transporte coletivo que embaralha o trânsito e outras situações mais, é justificável, mas são fatos que não ocorrem constantemente.
– “Faça perguntas para descobrir se ele presta atenção nas aulas.” – É uma maneira de, sutilmente, sondar o comportamento do aluno durante a aula. O que o professor disse sobre tal ponto do assunto, o que achou do professor hoje, se entendeu a explicação, se gostou da forma como o professor explicou, enfim, há várias maneiras de se estabelecer um diálogo. Poderão surgir dúvidas durante a conversa e que deverão ser esclarecidas. É conversando que se entende, não é assim que se diz?
– “Ensine-o a respeitar os mestres, os funcionários e os colegas.” – Respeito a qualquer pessoa, a qualquer semelhante é obrigação de todas as pessoas e faz parte da boa educação e da vida civilizada numa comunidade ou sociedade. Assim como toda pessoa deseja ser respeitada e compreendida, ela também tem de fazer o mesmo, respeitando e dando o exemplo. Respeitar as diferenças, as ideologias, as maneiras de pensar e viver, o modo de excetuar os trabalhos, é necessário. Não significa ter de aceitar atitudes que não estejam de acordo com a conduta moral e ética que cada um precisa ter. Respeito é bom, não custa nada, ou melhor, custo zero.
“Acompanhe a lição de casa (03)” – “Combine com seu filho um horário para os estudos.” – Algo difícil, mas não impossível. Difícil, porque a dinâmica da vida mudou muito, as pessoas quase não têm tempo. Como tempo é interesse, então, não poderá ser impossível combinar com o filho um determinado horário para os estudos. Nada será perfeito, haverá imprevistos e alterações necessárias, mas o ideal é manter o ritmo e fazer o melhor possível para que os trabalhos funcionem. Isso ajudará no desenvolvimento do filho, no rendimento escolar e na disciplina. Acompanhá-lo é essencial, mesmo que custe um pouco de sacrifício.
– “ Separe um lugar tranquilo da casa para a lição. Desligue aparelhos que o desconcentrem.” Se a casa tiver um local apropriado para tal trabalho, para estudar, melhor ainda. Caso não tenha, o ideal é escolher horário possível de silêncio e usar o local disponível, mesmo não sendo o local ideal. Sempre se dá um jeitinho, é só lembrar do ditado que diz que quem não tem cão caça com gato. Uma forma de dizer, é claro, significa procurar dar uma arrumação. Com boa vontade sempre se resolverá o problema. O esforço não será em vão. Planejando e organizando tudo dará certo. Os frutos virão.
– “Olhe os cadernos e mostre interesse pelos trabalhos.” – Verificar os cadernos é uma maneira de demonstrar interesse pelos trabalhos do filho. É uma forma de participar, fazendo comentários elogiosos, observações favoráveis, demonstrando que também está aprendendo ou relembrando aquilo que estudou quando passou pela escola.
Dentro do tempo disponível, troque ideias, questione, dialogue, conteste, peça respostas, peça que explique o que está no caderno, principalmente as questões que julgar mais importantes. Faça desse momento um tempo de prazer, de conversa agradável e proveitosa. Isso provocará um aumento de interesse do filho pelos estudos, pelo que está aprendendo.
– “Estimule-o a pesquisar e descobrir as respostas por conta própria.” – Faça com que o filho busque os caminhos da pesquisa, as fontes e locais onde poderá conseguir as informações e aprendizados que necessita. É claro que há de se respeitar o tempo certo, ou seja, a idade e o ano escolar que o filho está frequentando.
Há diferença entre uma criança de sete anos de idade, iniciando praticamente a alfabetização e outra já com dez ou onze anos, um pouco mais desenvolvida na escolaridade. Se os pais tiverem dificuldades para entender isso é só conversar com os professores dos filhos, os pedagogos da escola, os orientadores educacionais ou mesmo os diretores. Nem todos pais têm formação pedagógica ou mesmo psicológica, mas poderão aprender um pouco.
LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC, formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: luizguilhermewintherdecastro@hotmail.com