LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO
Participar da educação dos filhos – Parte 1
Já dei aqui minha opinião sobre educação e que acredito ser obrigação dos pais. Escolas podem apenas ajudar um pouco na continuação da educação que deve vir de casa, pois sua principal função é patrocinar aprendizado, escolaridade. Como não sou dono da verdade, não vamos entrar em polêmicas.
Um texto de uma revista da Editora Abril, com o título “PARTICIPE DA EDUCAÇÃO DE SEU FILHO”, apresenta um site www.educarparacrescer.com.br e uma frase dizendo: “O Brasil só melhora com Educação de qualidade – E você tem tudo a ver com isso”, Ele traz alguns conselhos aos pais, para que participem da escolaridade e desenvolvimento de seus filhos. Nunca é demais abrangermos assuntos de interesse de nossa pátria, pois nossas crianças e jovens serão os adultos de amanhã e o futuro do país.
O texto afirma que quando os pais acompanham a vida escolar dos filhos, as notas melhoram em 20%. Posso concordar, pois devem ser pesquisas bem orientadas. O que não pode é o trabalho escolar ser feito pelos pais, pois de nada adiantaria, além de ser uma fraude. O texto se refere “ao filho”, subtende-se tanto o menino como a menina, o jovem ou a jovem. Vamos aos conselhos descritos no texto.
“Converse com seu filho (01)” – “Pergunte o que ele aprendeu de novo no colégio e mostre-se bastante interessada.” – O texto atribui mais à mãe tal acompanhamento, pois usa a palavra “interessada”, no feminino. Eu atribuo tal interesse ao pai e mãe. Perguntando ao filho o que ele conseguiu aprender na escola, naquele dia, haverá um diálogo entre eles. O filho perceberá que os pais estão interessados no seu desenvolvimento escolar, no seu aprendizado.
– “Peça que ele lhe ensine algo que tenha aprendido na escola. Isso ajuda a fixar o conteúdo.” – Todos os dias, praticamente, há novidades nas aulas. O aluno sempre estará aprendendo algo novo. Solicitado pelos pais a contar o que aprendeu de novo nas aulas, seja em que disciplina for, ele estará sendo incentivado e se sentirá importante por estar “ensinando” também. Mesmo os pais conhecendo o assunto, eles poderão dizer que é bom relembrar. Assim, também, o aluno estará fixando aquele aprendizado.
– “Pergunte se ele tem dúvidas ou dificuldades em alguma matéria.” – São várias as disciplinas escolares e nem sempre o aluno tem facilidade em todas. Sempre haverá uma ou outra que apresentará maior dificuldade para o estudante. É uma questão de “aptidão vocacional ou profissional.” Uns estudantes têm facilidades para letras, artes, enfim, na área de humanas.
Outros, na área de exatas. Há que se respeitar tais aptidões. É por isso que as avaliações têm uma referência de notas mínimas e máximas. Para quem não tem aptidão, facilidade, numa determinada área, ao menos a nota mínima será necessária para uma promoção de série. É um assunto delicado e nada como os pais trocarem ideias com os filhos sobre suas dificuldades e facilidades.
“Aponte quais as obrigações dele (02)” – “Garanta que ele esteja na escola na hora certa, todos os dias.” – Tal atitude, tal comportamento, faz parte da disciplina, ajuda o aluno a sentir o peso da responsabilidade. Na vida adulta, a responsabilidade será uma das qualidades de qualquer pessoa.
Antigamente, não sei se hoje ainda, os ingleses eram famosos pela pontualidade e responsabilidade em seus compromissos. Há muitos anos, eu me lembro de ter lido que um brasileiro, na Inglaterra, recebeu, pelo correio, um convite para um evento familiar numa casa de família inglesa. Esqueceu-se ou, simplesmente, não foi.
Ao encontrar-se com quem o havia convidado, deu a desculpa de que não havia recebido o convite. Ficou, depois, em situação vexatória quando a pessoa foi tirar satisfações no serviço postal da cidade e comprovou que o brasileiro havia dado uma desculpa esfarrapada, ou seja, havia mentido. Também me lembro, na cidade de São Carlos, SP, que as pessoas idosas de lá diziam acertar o relógio pelo apito do trem.
Os trens, na época, eram pontuais e pertenciam a uma companhia da Inglaterra. Depois passaram a pertencer ao governo estadual e, geralmente, tinham hora para partir, mas não para chegar. Pontualidade, portanto, faz parte da disciplina. Só deve ser admitido atraso em casos de real necessidade e justificáveis.
LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC, formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: luizguilhermewintherdecastro@hotmail.com