Ícone do site Folhadamanha

Dia a Dia

Foto: Reprodução

DÉCIO MARTINS CANÇADO

Pessoas e suas circunstâncias

Pessoas são, cada uma, um universo à parte. Inicialmente são forjadas pelo DNA de seus ancestrais, que lhes imprime determinadas características, tanto físicas quanto intelectuais, certos ‘dons’ e habilidades que podem, e devem ser aprimorados ao longo de suas vidas.

Além desse fator, durante seu crescimento, sua ‘formação’, o ambiente em que são educadas, a forma como são conduzidas as suas ações, os ‘valores’ apreendidos, são formados seu caráter e sua personalidade. Algumas se tornam otimistas, outras pessimistas… Algumas empreendedoras, outras acomodadas. Algumas de fácil convivência, outras intransigentes…

Tomando conhecimento de um texto de Luiz Almeida Marins, com participação de Denis Medeiros, fiz uma adaptação do mesmo e decidi compartilhar essa reflexão com os leitores, neste momento delicado de nossa vida política, social e econômica, além das tristes e lamentáveis situações de guerra, terrorismo, assassinatos e desastres ecológicos que estamos tendo notícia.

“Há pessoas do ‘sim’ e do ‘não’. Pessoas do ‘sim’ são aquelas para quem tudo é possível, desde que tentado com tenacidade e perseverança. São aquelas que acreditam, em princípio, que os outros são bons e capazes, até que seja provado o contrário.

Pessoas do “sim” são aqueles funcionários que, em uma empresa, estão sempre prontos a colaborar, a testar novas ideias, a comprometer o seu tempo com um novo projeto, a tudo fazer para que as coisas aconteçam. São pessoas entusiasmadas com o que fazem, com o que são e com as possibilidades de fazer as coisas de forma diferente.

Pessoas do “sim” são aquelas bem humoradas, sempre com um sorriso brilhando nos lábios… Aquelas com as quais temos prazer em conviver, conversar, trocar ideias… Que fazem tudo que lhes é exigido, e ainda encontram tempo para colaborar, participar, ajudar.

Sabemos que, na vida, como em uma moeda, há também a outra face. As pessoas do “não”. Aquelas para quem nada é possível. Vivem dizendo que ‘já viram esse filme antes’… E que tudo é “papo furado”. Pessoas do “não” são ‘azedas’, amargas, e vivem com uma ‘nuvem negra’ sobre suas cabeças. Aquelas que não têm tempo para nada.

São ‘ocupadíssimas’ e, no entanto, nada fazem. Vivem isoladas e dizem que estão ‘cumprindo o seu dever’: o de sempre criticar, não participar, não colaborar, não realizar. Pessoas do “não” são aquelas com as quais temos horror em trabalhar. Se fizermos uma autoanálise, é bem provável que teremos alguns momentos de ‘não’, embora tentando, sempre, ser do ‘sim’.

Então, em qual categoria você acredita que se enquadra? Na do “sim”, e acredita na sua própria capacidade de vencer obstáculos, de fazer as coisas acontecerem com entusiasmo; ou do “não”, e vive dizendo ser “realista”, que não vive de sonhos e, por isso, não acredita em nada, em ninguém e nem em você mesmo? O mundo de hoje oferece chances a  pessoas que buscam encontrar soluções para os mais diversos impasses, somar forças no sentido de descobrir novas oportunidades e contornar os obstáculos naturais do dia a dia.

Sabemos perfeitamente que, em muitos momentos de nossa vida, somos obrigados a dizer ‘não’: assédios inconvenientes, injustiças, excesso de trabalho ou de estudo, sem tempo para o lazer, alimentação em excesso ou prejudicial à nossa saúde, entre muitos outros.

Existem também, é lógico, outros momentos em que podemos e devemos dizer ‘sim’, tais como: a leitura de um bom livro, o trabalho que respeite nossos limites, o estudo que vise ao aprimoramento de nossas habilidades ou a conquista de novas oportunidades, a convivência familiar e entre amigos, os inquestionáveis momentos de lazer e de descanso, etc.

No final das contas, temos que aprender a refletir sobre os diversos momentos que vivenciamos a cada dia, e a cada necessidade de decisão nos negócios, ou nos relacionamentos, dizer ‘sim’ a tudo que é bom e que nos faz bem, e a repudiar tudo que é mau e que nos prejudica.

Concluindo, quero citar algo que os mais antigos sempre afirmavam: “convicção pesa mais em nossas vidas do que a educação!” Mas, você está convicto do que é certo ou errado, do que é melhor para sua vida, sua família, seus negócios? E essa convicção está embasada em que princípios?
Circunstâncias são sempre dinâmicas, desafiadoras, requerem decisões constantes. Decisões…. Sempre decisões! É a vida.

Sair da versão mobile