LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO
Motivos para ler sempre – Parte 2
05) Simplificar a compreensão das coisas. Quando se adquire o hábito da leitura e a mente se põe a funcionar, o desenvolvimento é automático, quanto mais se lê, se pratica a leitura, mais os horizontes mentais se ampliam. A compreensão dos assuntos que são lidos tende a se ampliar, eles ficam cada vez mais fáceis. É o eterno ensinamento de que é a prática que faz melhorar cada vez mais.
06) Melhorar a comunicação com os outros. É o hábito da leitura que nos faz pensar melhor, raciocinar melhor, desenvolver nossos pensamentos e, portanto, compreender melhor, também, o sentido, a importância e valor daquilo que lemos. Assim, a nossa comunicação passa a melhorar com as outras pessoas. As frases ficam, gradativamente, mais fáceis de serem produzidas e articuladas. Ficamos, então, mais comunicativos e com facilidade cada vez maior de nos entendermos com os outros. É preciso praticar, é claro!
07) Ampliar seu conhecimento geral. É claro que não conseguimos armazenar tudo que lemos em nosso cérebro, mas o que nos interessa, o que chama nossa atenção, fica por um bom tempo ou até por muito tempo. Sempre estamos nos lembrando, quando conversamos com alguém ou trocamos ideias, de frases, provérbios ou ensinamentos que lemos há muito tempo em um livro, revista ou jornal. Nossos conhecimentos estão sempre se ampliando e em determinados momentos da vida eles nos vêm à mente e nos sãos úteis.
08) Mostrar semelhanças em pessoas diferentes. Não significa mostrar semelhanças físicas, apesar de estarmos sempre encontrando pessoas parecidas com outras, o que é normal, principalmente entre pessoas da mesma família, parentes umas das outras ou filhos dos mesmos pais. Aqui, precisamos entender que podemos encontrar semelhanças na maneira de pensar, de agir, de observar as coisas. Geralmente, são pessoas de um mesmo nível de cultura e educação, que se assemelham no comportamento, mesmo que sejam totalmente diferentes na aparência, no modo de se vestir e nos gostos. São pessoas que têm algo em comum no seu modo de viver. Tudo dependerá de quem as observa.
09) Revelar novas afinidades. Assim como podemos observar afinidades entre pessoas, podemos, também, descobrir afinidades nossas. Ao observar semelhanças entre pessoas diferentes, como está descrito acima, descobriremos afinidades entre essas pessoas e podemos descobrir afinidades nossas com outras pessoas, também. A palavra afinidade tem duas definições: um parentesco não sanguíneo, mas por proximidade entre famílias ou mesmo pessoas que são tão amigas que acabam por se considerar parentes, criam laços entre elas. A outra definição é a semelhança ou mesmo a coincidência de sentimentos, de interesses, de gostos, de ideais, de pensamentos. A leitura, abrindo a mente das pessoas, faz com que melhorem, cada vez mais, a sua maneira de viver e pensar. Ela abre horizontes, intensifica a vida.
10) Levar a mares nunca dantes navegados. Aqui, lembramos Luís Vaz de Camões: Os Lusíadas. Esta frase está no Canto I (Parte I): As armas e os barões assinalados – Que da Ocidental praia Lusitana, – “Por mares nunca dantes navegados…” Entendemos que a leitura nos transporta para onde desejarmos ir. Até para o infinito, para o universo. É por isso que existem tantas obras nos mais variados tipos de artes como resultado da imaginação e criatividade dos seus autores. A boa leitura amplia a nossa imaginação. Qualquer pessoa, principalmente a que muito lê, poderá alçar sua imaginação a altos voos e se surpreender com as suas criações artísticas. A frase da obra de um dos maiores poetas da língua portuguesa cai como uma luva para explicar que o arrojo da navegação por mares desconhecidos foi resultado da coragem dos navegadores e fruto da imaginação deles. Não sabiam o que encontrariam, apenas imaginavam ou sonhavam. Enfim, Colombo encontrou a América, Cabral encontrou o Brasil. Se desconfiavam ou sabiam que descobririam terras, eles, ao menos, sonharam e arriscaram. Que as explicações fiquem por conta dos historiadores e críticos literários. Não me considero à altura de tentar explicar ou interpretar Camões!
LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC, formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: lgwintherdecastro@gmail.com