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Dengue: 2024 atinge 52 mortes confirmadas e 43 mil casos na região

16 de setembro de 2024

A SES AINDA INVESTIGA OUTRAS 25 MORTES NA REGIÃO COM SUSPEITA DE DENGUE./ FOTO: REPRODUÇÃO

PASSOS – Em nove meses, 2024 já concentra quase a metade das 108 mortes por dengue confirmadas na região desde 2009, quando teve início a série histórica da doença registrada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Com mais quatro óbitos confirmados na última segunda-feira, este ano atingiu 52 mortes em decorrência da doença. Nos casos confirmados, 2024 já representa 40% dos 106,9 mil ocorridos desde 2009.

Neste ano e em 2023 foram 90 óbitos, o que corresponde a 83,34% de todas as mortes confirmadas desde 2009 na região. Até 2023, os anos mais letais da doença na região haviam sido 2014, com oito óbitos; 2022, com quatro; e 2019, com duas ocorrências. A região também teve confirmação de óbitos nos anos de 2009, 2013, 2015 e 2018, com uma ocorrência em cada.

Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses atualizados até dia 9 deste mês, foram confirmados mais um óbito por dengue em Cássia, que atingiu oito mortes; um em Pimenta, que chegou a quatro; um em Piumhi, que atingiu seis óbitos em decorrência da doença; e um em São Sebastião do Paraíso, que chegou a sete mortes.

O número de casos confirmados de dengue entre o início de janeiro e a última segunda-feira na região estava em 43.098, o que representa um aumento pouco acima de 46% em relação aos 29.460 registrados entre janeiro e dezembro do ano passado.

Neste ano, o número municípios com confirmação de mortes por dengue também já é o maior da série histórica. De acordo com Painel de Monitoramento, 15 das 27 cidades da região registram óbitos em decorrência da doença neste ano. Em 2023 eram oito.

Em Passos a SES confirmou, até o momento, 10 mortes por dengue, o maior número entre os municípios da região. A cidade também lidera em número de casos prováveis, com 17.432 registros, sendo 17.395 deles já confirmados.

Cássia, com oito mortes confirmadas, aparece em segundo lugar entre os municípios da região com mais óbitos confirmados, seguido por São Sebastião do Paraíso (sete), Piumhi (seis), Pimenta (quatro) e São Roque de Minas (três).

Investigação

A SES ainda investiga outras 25 mortes na região com suspeita de dengue, o que pode elevar o número de mortes confirmadas até o final deste ano. Em 2023, de acordo o painel de monitoramento, foram 38 confirmações e uma morte suspeita.

Estado

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES, Minas registrou, até a última segunda-feira, 1.249.334 casos confirmados de dengue e 984 óbitos. A SES investiga outras 506 mortes com suspeita da doença.

Em relação à febre chikungunya, foram confirmados 136.639 casos e 101 óbitos. Outros 29 estão em investigação. Quanto ao vírus zika, foram 40 casos confirmados e não há óbitos confirmados ou em investigação por Zika em Minas Gerais até o momento.

SES realiza seminário sobre combate a arboviroses em BH

BELO HORIZONTE – A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou, entre quinta e sexta-feira, o II Seminário Estadual de Arboviroses, que aconteceu em Belo Horizonte em parceria com a Fiocruz e com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG).

De acordo com a secretária adjunta de Saúde, Poliana Lopes, o objetivo é aprofundar a discussão sobre a preparação e resposta ao enfrentamento das arboviroses no estado, durante o período sazonal de 2024-2025.

Segundo ela, o foco é no manejo clínico e resposta às arboviroses, para que os pacientes sejam atendidos da forma adequada. “Depois levaremos essa capacitação para as 16 macrorregiões de saúde do estado, para fazermos um treinamento mais próximo aos profissionais de saúde”, afirma Poliana.

O 2° Seminário de Arboviroses foi voltado para representantes de todas as subsecretarias do nível central da SES-MG, representantes das superintendências e escritórios regionais de saúde e profissionais da assistência das microrregiões de saúde e municípios do estado.

Também participaram da abertura do evento, a diretora do departamento de doenças transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, o presidente do Cosems, Edivaldo Farias, a coordenadora de vigilância e laboratórios de referência da Fiocruz, Tânia Maria Peixoto, o diretor do Instituto René Rachou\Fiocruz, Roberto Sena, o oficial nacional em arboviroses da Organização Pan-americana da Saúde, Carlos Frederico Campelo, o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, o subsecretário de Regionalização da SES-MG, Renan Guimarães de Oliveira e a superintendente de Atenção Primária à Saúde da SES-MG, Camila Helen de Almeida Silva.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, destaca que o ano de 2024 foi o mais desafiador no que se refere a dengue e chikungunya, e a preparação antecipada foi fundamental para agilizar e melhorar a assistência em todas as regiões.

“No momento, enfrentamos um longo período de estiagem, mas sabemos que se aproxima a época de chuvas no estado. Então, considerando o cenário que tivemos no último período sazonal, é importante anteciparmos a nossa preparação para que possamos oferecer aos usuários respostas oportunas e serviço adequado”, reforça Eduardo Prosdocimi.