Rafael Marcon
DELFINÓPOLIS – A Prefeitura de Delfinópolis decretou estado de emergência na travessia do Rio Grande entre Delfinópolis e Cássia. O decreto foi assinado nesta quarta-feira, 12, pela prefeita do município, Suely Lemos, que também enviou ofício para reconhecimento do documento ao governador do estado, Romeu Zema, e ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Martins, e ao presidente de Furnas, Caio Pompeu.
De acordo com Suely, a situação traz prejuízos ao município e a expectativa é que o governo do estado, junto com Furnas, possa resolver os problemas na travessia do Rio Grande. “A situação em Delfinópolis está muito delicada para o escoamento da produção agrícola, para o turismo e até mesmo para a população em geral. Hoje, com a situação das balsas, o tempo de espera é de, no mínimo, três horas, podendo chegar a cinco horas”, disse.
“O decreto de emergência relata a situação precária em que as balsas se encontram, e é inadmissível retirar peças de uma embarcação para colocar em outra. Delfinópolis precisa da ponte, pois nossa produção agrícola anual é de R$516 milhões. Esperamos que o governo do estado de Minas e a empresa Furnas Centrais Elétricas tomem uma decisão definitiva sobre essa travessia, que tem trazido enormes prejuízos à população”, afirmou.
Conforme o documento enviado ao estado, as balsas disponíveis são antigas e estão em condições precárias, sendo que o reparo deveria ser realizado pela empresa Furnas. Procurada, Furnas, até a tarde de ontem, ainda não havia se posicionado a respeito do decreto. No documento, a prefeitura também alega que apenas a balsa Rio Grande IV está em funcionamento, sendo responsabilidade da empresa Furnas o reparo e manutenção das outras.
“O município possui à disposição as embarcações Canastra, Rio Grande IV, Rio Grande 2005, São João Batista do Glória, Delfinópolis 1 e os rebocadores Nossa Senhora dos Navegantes VII e Nossa Senhora dos Navegantes X. Das embarcações e rebocadores disponíveis, somente está em funcionamento a Balsa Rio Grande IV. A responsabilidade das manutenções/reparos das embarcações é da empresa Furnas Centrais Elétricas”, informa o decreto.
Ainda segundo o documento, a construção de uma ponte é necessária para travessia do rio. “Para viabilizar a construção da ponte a Administração Municipal sugeriu ao estado de Minas Gerais a realização de Parcerias Público Privadas (PPPs), com a instalação e exploração de um pedágio no local, uma vez que a travessia por balsas já é tarifada. Ou, outra opção, seria Furnas utilizar recursos arrecadados com a sua privatização, e realizar a construção da ponte, podendo ainda a construção ser utilizada como condicionante no processo de licenciamento ambiental”, aponta a prefeitura.