Celular: o que fazer se for roubado
Conhecer instrumentos de bloqueio de celular e procedimentos após sofrer com furto ou roubo de um smartphone pode poupar muita dor de cabeça e prejuízos, em um contexto no qual os crimes são cada vez mais frequentes e os ladrões, mais ousados. A cada 10 minutos, por exemplo, um telefone foi furtado em Minas em janeiro e fevereiro deste ano, segundo dados do Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG). Foram 7.521 ocorrências. Os roubos, quando há uso de violência ou ameaça, somaram 1.758 casos no período, ritmo de 1,5 por dia.
Primeiro passo
O advogado Afonso Morais, especialista em recuperação de crédito e fraudes digitais da Morais Advogados, afirma que o primeiro passo após ter o smartphone levado por ladrões é entrar em contato com o banco, a operadora telefônica e em seguida registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia ou até mesmo de forma digital, nas plataformas de delegacia eletrônica (veja quadro). Em Minas Gerais, há um sistema gratuito de bloqueio de linhas chamado Cbloc, que pode ser acionado pelos sites www.cbloc.seguranca.mg.gov.br e www.seguranca.mg.gov.br.
Bloqueio
A agilidade em bloquear as contas em caso de suspeita de uso de aplicativos de pagamento para desviar valores das vítimas é essencial. “Se você caiu em um dos golpes praticados por criminosos, é preciso entrar em contato com o banco para fazer um pedido de bloqueio preventivo em até 30 minutos, durante o dia, e uma hora, durante a noite. Assim, o dinheiro fica retido por até 72 horas e as duas partes são notificadas”, afirma o especialista.
Senhas vulneráreis
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), quando os criminosos têm acesso ao celular já desbloqueado podem fazer pesquisas no aparelho, buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites. De posse dessas informações, procuram ingressar em aplicativos bancários. Por esse motivo, a federação recomenda manter o celular no nível máximo de proteção, para evitar qualquer situação inesperada. O usuário deve ter uma senha de acesso ao aparelho celular e não deve anotar dados pessoais e senhas em blocos de notas, e-mails ou conversas, nem salvar dados de cartões bancários quando fizer compras on-line.
O que fazer
O que fazer para não ser vítima de transferências financeiras: Comunique imediatamente ao banco e à operadora de telefonia para que ocorra o bloqueio das contas. Registre um boletim de ocorrência presencial ou virtual (em Minas Gerais: https://www.mg.gov.br/ servico/registrar-boletim-de-ocorrencia). A polícia pode bloquear o aparelho pelo serviço Cbloc. Durante o dia, sua conta PIX pode ser bloqueada em 30 minutos ou em uma hora durante a noite. Troque todas as senhas dos aplicativos que rodavam no celular Faça uma limpeza de dados remota por meio dos sites da Apple ou Google, dependendo do seu sistema operacional. Dúvidas sobre bloqueio ou desbloqueio de celular: 0800 283 0190. Atendimento 24 horas