Chegou a hora do planejamento financeiro de 2024
Dicas de educador financeiro auxiliam pessoas com ou sem dívidas a se organizarem e iniciarem o ano com o pé direito
Dezembro de 2023 – O fim de ano chegou e agora é o melhor momento para planejar um 2024 sem sustos financeiros, com os pés no chão e cabeça fria. É o que indica o educador financeiro do Sicoob Eduardo Trigueiro. São dois principais caminhos a serem seguidos: para quem tem dívidas, verificar a possibilidade de renegociação; para quem não tem, já dá para começar a guardar e investir.
“Sempre falo que o ideal é começar um planejamento o quanto antes, para ter mais tempo de colocar em prática as estratégias pensadas nesse momento. Reorganizar as finanças é essencial para começar um 2024 no azul”, diz o especialista.
Para Trigueiro, três dicas são muito importantes nesse momento: eliminar ou reduzir dívidas, reunir a família para essa discussão e pensar a longo prazo. É preciso cortar excessos e reavaliar todo o orçamento familiar para ter mais tranquilidade.
Para quem tem dívidas, o ideal é procurar a instituição credora para entender as taxas praticadas atualmente e tentar negociar, segundo Trigueiro. Mas é preciso analisar bem seu orçamento para saber qual a real capacidade de pagamento. Não adianta fazer um acordo e não pagar, porque a renegociação pode se tornar uma nova bola de neve.
Superada essa etapa, atenção ao 13º salário: utilizar uma parte dele para quitar ou renegociar débitos é um bom negócio. Para quem não tem dívidas, guardar uma parte do valor é interessante pensando nos gastos de início de ano: IPVA, IPTU, material escolar e renovações de matrículas para quem tem filhos, entre outros.
Outro ponto importante destacado pelo educador financeiro é o exagero no uso do cartão de crédito. Muitas pessoas acabam se enrolando no fim do ano, adquirindo bens e serviços que estão fora do orçamento por conta de empolgação com promoções ou até presentes para a família. A dica é ter consciência e colocar no papel o quanto você pode gastar nesse período. Não adianta ficar só na cabeça, porque aí as chances de extrapolar o limite são maiores.
Reserva financeira
O educador financeiro explica que não gosta do termo reserva de emergência, pois pode aparentar que a pessoa só está juntando dinheiro para se precaver em situações ruins. É preciso pensar em uma reserva, seja ela para uma emergência ou para aproveitar oportunidades, como realização de um sonho, por exemplo. É uma reserva financeira.
Nesse sentido, definir uma meta de investimento por mês é uma boa pedida para o próximo ano. Não há uma conta definitiva sobre qual a porcentagem que a pessoa deve guardar, nem por quanto tempo, o importante é tentar guardar o máximo possível. Cada caso é um caso, mas uma boa base é pensar nos seus gastos fixos, como aluguel, contas, plano de saúde e alimentação. Somar e ter um panorama de quanto é preciso para não ter sustos em caso de desemprego, por exemplo.