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Custo da cesta básica sobe em 14 de 17 capitais no país, aponta Dieese

11 de março de 2025

O CUSTO DA CESTA BÁSICA EM BELO HORIZONTE TEVE ALTA DE 1,18% EM FEVEREIRO E CHEGOU A R$ 726,01, SEGUNDO PESQUISA MENSAL FEITA PELO DIEESE / Foto: Reprodução

BRASÍLIA – O custo da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais brasileiras abrangidas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o Dieese, o custo da cesta teve queda em Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%)

Em Belo Horizonte, a cesta foi cotada a R$ 726,01 em fevereiro, com um aumento 1,18% em relação a janeiro. No ano, segundo o Dieese, o custo da cesta básica na capital mineira acumula alta de 4,5%. Nos últimos doze meses, o custo da cesta em Belo Horizonte teve queda de 0,2%. Em relação ao salário mínimo, os moradores da capital de Minas gastam 51,7% do valor para comprar os produtos da cesta.

A comparação dos valores da cesta, entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, mostrou que 14 capitais tiveram alta de preço, com variações entre 1,87%, em Vitória, e 13,22%, em Fortaleza.

As maiores elevações observadas entre os meses de janeiro e fevereiro ocorreram em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%).

Entre os maiores vilões para o aumento no preço da cesta estão o café, que subiu em todas as capitais pesquisadas, o tomate e o quilo da carne bovina de primeira. No caso do café, as altas variaram entre 6,66% em São Paulo e 23,81% em Florianópolis.

Cesta mais cara

A cesta básica mais cara do país no mês de fevereiro foi a de São Paulo, com custo médio de R$ 860,53. Em seguida, estão as do Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95). Já nas regiões Norte e Nordeste do país, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).

O Dieese estimou que o salário-mínimo em fevereiro deveria ser de R$ 7.229,32 ou 4,76 vezes o mínimo atual de R$ 1.518,00. O cálculo foi feito com base na cesta mais cara, que, no mês passado foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Foto: Reprodução