10 de maio de 2023
O meio-campista vinha sendo titular da equipe do técnico Pepa./ Foto: Reprodução.
Leonardo Pedro
PASSOS – Mais nomes de atletas de grandes clubes do Brasil são divulgados pela Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), sobre envolvimento em esquema de apostas esportivas. Nesta quarta-feira, 10, durante a segunda fase da investigação, o meio-campista Richard, do Cruzeiro, teve o nome mencionado em conversas com apostadores.
O atleta vinha sendo titular da equipe do técnico Pepa. Entretanto, com a divulgação das mensagens, trocadas ainda na época em que atuava pelo Ceará (2022), ele ficou de fora do duelo de ontem, 10, diante do Fluminense.
Nas redes sociais, a Raposa comunicou o afastamento do volante. “O Cruzeiro comunica que o atleta Richard está afastado preventivamente das atividades da equipe de futebol profissional”. Richard ainda não pronunciou.
O jogador, na época que estava no Ceará, foi mencionado ao lado de Nino Paraíba (atual lateral do América), então companheiro de equipe, em uma “aposta casada” para o jogo entre Ceará e Cuiabá, disputado no dia 16 de outubro de 2022.
No jogo investigado, tanto Nino quanto Richard foram advertidos com cartão amarelo. Aos 10 e aos 13 do segundo tempo, respectivamente. Durante as investigações, o MP-GO identificou que a quadrilha adotava, geralmente, o mesmo método para pagamento: a promessa de uma quantia e o depósito de um valor adiantado.
Os prints divulgados das conversas entre Richard e um dos integrantes da quadrilha, mostram o volante se defendendo da acusação que teria fechado com outra organização criminosa, garantindo fidelidade. “Tendeu nada em, manda provar a caminhada que fechei com alguém”. “Durante a semana veio uns 3 nego querendo fechar algo cmg e não fecho com ngm a não ser você, sou papo reto bagulho não é brincadeira”. “Mais se o man aí não quiser mais é isso memo”.
No momento, Richard não foi denunciado e não virou réu no caso. Ao todo, 16 atletas são investigados. A punição para o crime envolve pagamento de multa e dois a seis anos de prisão.