16 de novembro de 2023
Neste ano, clube pagou apenas o juros da construção do estádio (R$ 100 milhões)./ Foto: Reprodução.
Leonardo Natalino
PASSOS – Mesmo prestes a deixar o clube, a atual diretoria do Corinthians negocia com a Caixa Econômica Federal a venda de parte da Neo Química Arena na bolsa de valores. A princípio, o clube tenta negociar 49%, para se manter como sócio majoritário e controlador. A conversa com o banco estatal foi iniciada há meses.
Não é segredo para corintianos e torcedores de outros clubes que a Neo Química Arena gerou um enorme rombo nos cofres alvinegros. O principal objetivo com a operação é se livrar do pagamento de juros à Caixa, que financiou a construção do estádio. Só em 2023 o Timão deve repassar quase R$ 100 milhões ao banco, o valor principal, de mais de R$ 600 milhões, começa a ser pago somente em 2025.
A expectativa para o negócio é que um investidor com maior capacidade financeira faça um aporte milionário e compre uma quantidade grande de cotas da arena, deixando um percentual menor para ser negociado ao público em geral, na bolsa de valores. Caso não seja confirmada a venda até 31 de dezembro, a futura gestão cuidará da negociação. As eleições para a diretoria alvinegra acontecem em 25 deste mês.
Um dos diretores do clube, Wesley Melo, afirmou, em entrevista ao GE, que o modelo é novo no Brasil, mas na Europa alguns clubes já fizeram esse tipo de movimento de abertura e venda de cotas para remuneração.
“No Brasil, ele é totalmente pioneiro. Quando a gente fez a reunião com a Caixa, fomos eu, Roberto Gavioli (gerente financeiro do Corinthians) e a turma da KPMG, a gente foi até um pouco apreensivo, qual vai ser a reação da Caixa sobre esse assunto?. Quando chegamos, tinham seis ou sete executivos da Caixa superinteressados sobre o assunto”, explicou.