PASSOS – Os setores da construção com 212 novos postos de trabalho, a indústria (141) e os serviços (139) lideraram a geração de empregos na região em janeiro deste ano. O comércio, com fechamento de 197 vagas no período, foi o único segmento com saldo negativo na região.
No primeiro mês do ano, o mercado de trabalho criou 405 novas vagas na região, com destaque para Itaú de Minas, que teve saldo de 124 novos postos, e Passos (102). Nas duas cidades, a construção foi responsável por 157 vagas e o setor de serviços, 123.
São Sebastião do Paraíso, com 86 novas vagas geradas pela indústria, foi responsável por 61% do saldo do setor na região, seguido por Ibiraci, com 17 novos postos de trabalho, Piumhi (16) e Alpinópolis (12).
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira, 9, apontam que 14 municípios tiveram saldo positivo na geração de emprego em janeiro, 12 fecharam postos de trabalho e um teve o mesmo número de admissões e demissões.
Em Passos, o setor de serviços foi responsável por 100 novas vagas no mercado de trabalho em janeiro e liderou a geração de emprego na cidade. A construção, com 66 novos postos, aparece em segundo lugar, seguida pela agropecuária (2). O comércio, com fechamento de 66 vagas, e a indústria (-6), tiveram saldo negativo.
A construção foi o destaque na geração de empregos em Itaú de Minas no primeiro mês de 2023, com 91 novas vagas. O setor de Serviços, com 23 novos postos, aparece em segundo lugar no município. A indústria (6) e o comércio (6) também registram balanço positivo e a agropecuária foi o único segmento com saldo negativo (-2).
O comércio, setor que tradicionalmente demite funcionários no primeiro mês do ano, fechou postos em 17 cidades, com destaque para Passos (-60), São Sebastião do Paraíso (-41), Piumhi (-27), Pimenta (-20), Monte Santo de Minas (-16) e Alpinópolis (-11).
Em Piumhi, a agricultura foi o maior gerador de empregos em janeiro, com saldo de 68 novas vagas. O agro também foi destaque na criação de vagas em Pimenta (44), Monte Santo de Minas (42), São Roque de Minas (22) e Paraíso (20).
Crescimento
Em relação a janeiro de 2022, a região teve aumento de 138,24% na geração de empregos. Segundo dados do Caged, em janeiro do ano passado foram criadas novas vagas nos municípios da região.
Brasil
No país, janeiro teve criação de 83.297 postos de trabalho com carteira assinada. No mesmo mês do ano passado, tinham sido criados 155.178 postos de trabalho, nos dados sem ajuste, que não consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. A abertura de emprego formal caiu em janeiro de 2023 por causa da desaceleração econômica e pelo fechamento de vagas temporárias no comércio. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Apesar da desaceleração em relação a janeiro do ano passado, houve melhora em relação a dezembro, quando haviam sido fechados 440.669 postos.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em janeiro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 40.686 postos, seguido pela construção civil, com 38.965 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos) com a criação de 34.023 postos de trabalho.
O nível de emprego aumentou na agropecuária, com a abertura de 23.147 postos. Somente o comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 53.524 vagas.
Regiões
Três das cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em janeiro. O Sul liderou a abertura de vagas, com 32.169 postos a mais, seguido pelo Centro-Oeste, beneficiado pela safra de grãos, com 27.352 postos. Em seguida, vem o Sudeste, com 18.778 postos. O Nordeste fechou 133 postos de trabalho, e o Norte extinguiu 482 vagas formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, 16 registraram saldo positivo, e nove extinguiram vagas. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (+18.663 postos), Santa Catarina (+15.727) e Mato Grosso (+13.715). As maiores variações negativas ocorreram no Ceará (-3.033 postos), Pará (-1.853) e Paraíba (-1.717).