25 de março de 2025
MEDIDA ORIENTA ESCOLAS E REDES DE ENSINO SOBRE ORGANIZAÇÃO DE CAPACITAÇÕES E INICIATIVAS PARA AMBIENTE ACOLHEDOR E PREVENTIVO E TEM COMO OBJETIVO PROMOVER SAÚDE MENTAL DE ESTUDANTES / Foto: Reprodução
BRASÍLIA – O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou nesta segunda-feira, 24, uma resolução com as diretrizes operacionais nacionais sobre o uso de celulares e outros dispositivos digitais em salas de aula.
A medida orienta que escolas e redes de ensino devem organizar capacitações e iniciativas para um ambiente acolhedor e preventivo, identificando sinais de sofrimento emocional e busque promover a saúde mental dos estudantes.
Está autorizado o uso desses aparelhos por parte dos estudantes do ensino fundamental e médio para fins pedagógicos, sempre com mediação dos profissionais de educação. Mas é vedado o uso para outros fins, inclusive nos intervalos e fora das salas de aula. A decisão prevê exceções para estudantes que necessitem de recursos de acessibilidade.
A recomendação é para que sejam respeitadas as competências e habilidades dos estudantes, com progressão gradual de acordo com o desenvolvimento da autonomia.
Cada escola poderá estabelecer os critérios de permissão sobre o porte dos aparelhos, assim como a forma pela qual eles serão guardados durante o período de aulas.
No caso da educação infantil, o uso de telas e dispositivos digitais não é recomendado, sendo visto como algo razoável apenas em caráter excepcional, com mediação de um professor.
CNE
Segundo o CNE, órgão de participação social do Ministério da Educação (MEC), a Resolução CNE/CEB nº 2/2025 inclui ações da Estratégia Nacional Escolas Conectadas (Enec) para “garantir a educação e a cidadania digital nas escolas, promovendo o uso intencional e estratégico da tecnologia para potencializar o ensino e a aprendizagem”. E tem como eixo central a proteção da saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes.
Outras orientações
A resolução do CNE orienta que escolas e redes de ensino devem organizar capacitações e iniciativas para um ambiente acolhedor e preventivo, identificando sinais de sofrimento emocional e buscando promover a saúde mental dos estudantes.
Existe também a preocupação com a formação continuada dos professores, funcionários e profissionais da educação voltados para a implementação digital e o uso pedagógico dos aparelhos.
Neste mês, o governo federal lançou um guia sobre o uso de dispositivos digitais para crianças e adolescentes com o objetivo de construir um ambiente digital mais seguro, equilibrado e saudável. O documento pode ser acessado no site https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/uso-de-telas-por-criancas-e-adolescentes/guia.
No início de fevereiro deste ano, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) enviou às escolas orientações sobre o uso de celulares, em cumprimento à Lei Federal nº 15.100/2025.
Desde o começo do ano letivo de 2025, no dia 10 do mês passado, o uso dos dispositivos está proibido em salas de aulas, intervalos e recreios.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, os estudantes não poderão trazer celulares para a escola. Para os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio, o uso será restrito a contextos específicos pedagógicos planejados pelos professores.
“O objetivo dessas novas orientações é garantir que nossos estudantes tenham um ambiente propício à concentração, convivência e acesso a práticas pedagógicas que realmente impactem sua formação”, afirmou o secretário de Estado de Educação de Minas, Igor de Alvarenga, na época.
As orientações da SES podem ser acessadas no site https://www.educacao.mg.gov.br/wp-content/uploads/2025/02/Documentopost-Orientacao-sobre-uso-de-Celulares-1-1-1.pdf.