Luciene Garcia
PASSOS – A Comissão de Saúde e Ação Social da Câmara de Passos deve encaminhar uma representação ao Ministério Público (MP) sobre suposta negligência por parte da prefeitura na prevenção ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, chikungunya, zika e febre amarela. A representação deve ser protocolada junto ao promotor Éder Capute, nesta quarta-feira, 29.
Até o dia 20 deste mês, Passos havia registrado 5.885 casos prováveis de dengue e um óbito confirmado, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Passos é o segundo município de Minas com mais notificações de dengue em 2023 e também registra um caso provável de chikungunya.
Formada pelos vereadores Francisco Sena, Luis Carlos do Souto Junior, o Dentinho, e Dirceu Soares, a comissão deve levar cópia da ata da reunião realizada em 15 de fevereiro na Câmara onde foram apontados dados de metas que não teriam sido cumpridas pela secretaria, como o monitoramento de locais de risco para proliferação do mosquito, como borracharias e ferros velhos, por exemplo.
A comissão também pretende verificar os gastos no combate à dengue nos últimos anos. Segundo os vereadores, a comissão já requisitou os dados para a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
“O Ministério Público é o grande defensor dos interesses da sociedade e atua de diversas formas. Por esse motivo estamos fazendo essa representação. É preciso que o município tenha um planejamento efetivo no combate a dengue. Os recursos precisam ser utilizados para que as metas de prevenção sejam atingidas. Será muito importante o Ministério Público apurar os erros e cobrar da prefeitura medidas efetivas”, disse o presidente da comissão, Francisco Sena.
Na última semana, a secretário de saúde de Passos, Thiago Salum, procurou a Polícia Civil para denunciar uma suposta campanha de calúnia, difamação, injúria e fake news contra a secretaria e a administração por conta do aumento nos casos prováveis de dengue.