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Comissão de saúde da Câmara de Passos discute relatório

9 de março de 2023

a reunião foi presidida pelo vereador Francisco Sena (Podemos)./ Foto: Divulgação.

PASSOS – A Comissão de Saúde e Ação Social da Câmara Municipal de Passos realizou, na última quarta-feira, 8, uma audiência pública para discutir o relatório do terceiro quadrimestre de 2022 da Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com informações da Câmara, a reunião foi presidida pelo vereador Francisco Sena (Podemos), que preside a comissão, e contou com as presenças do secretário municipal de Saúde, Thiago Salum, de técnicos da Secretaria, e dos vereadores Dirceu Soares e Luis Carlos/Dentinho, que integram a comissão, e Edmilson Amparado.

Os vereadores cobraram da Secretaria medidas para melhorias na saúde, destacando situações como a da dengue e de equipamentos que se encontram parados quando poderiam estar a serviço da população. Outra crítica foi sobre a falta de médicos especialistas na rede e demora na marcação de consultas.

O vereador Francisco Sena lembrou que um aparelho moderno de ultrassom está parado, cobrando que é preciso a administração fazer funcionar. Segundo a Secretaria de Saúde, há dificuldades na contratação de um médico para trabalhar com o aparelho. E o mesmo problema ocorreria com as especialidades médicas na hora das contratações, destacando que a saída seria concurso público e equiparação aos salários pagos na região, de modo a atrair profissionais.

Segundo informações prestadas na audiência, entre os novos projetos da prefeitura está a criação da chamada Casa Rosa, voltada para mulheres e que prevê a realização de exames com foco na prevenção do câncer de colo do útero e câncer de mama.

Foram apresentados números e balanços do período. Entre as sugestões apresentadas, o vereador Edmilson Amparado defendeu que a Secretaria de Saúde instale comissão própria de licitação, a fim de dar agilidade nas compras.

Avaliações

O vereador Dentinho avaliou que a apresentação da audiência foi boa, mas que ficou triste ao verificar alguns números. “Esperava que a cidade pudesse ter desenvolvido maiores números positivos na Saúde, principalmente em relação à cirurgias eletivas. Há aproximadamente 5000 pessoas na fila esperando cirurgia. Esperamos que a Prefeitura possa fazer convênio com a Santa Casa, buscar uma alternativa com o Hospital da Unimed, porque foram liberadas 1.100 cirurgias eletivas para os próximos meses e a Santa Casa sozinha não consegue atender a demanda” – acentuou.

Na opinião do vereador Francisco Sena, a reunião mostrou que alguns problemas persistem, como a cobertura vacinal, que tinha meta de 95% para o período e ficou abaixo de 70%. Ele sugeriu que sobre o ultrassom – sem uso no Cerest- poderia ser transferido para a UPA, pois o aparelho que hoje é utilizado no local funciona sob empréstimo de um médico. Sena analisa que outra possibilidade numa mudança de legislação seria o médico plantonista da UPA poder atuar no Cerest, para o equipamento ser operado, sugerindo ainda que para esse tipo de exame o município poderia também usar convênios com clínicas particulares.

O presidente da Comissão apontou que o município teve superavit financeiro na Saúde no período, criticando que faltou planejamento, porque o ideal seria a adequação para não haver sobra de dinheiro. Sobre uma possível morte por tuberculose que teria ocorrido no Presídio, defendeu a necessidade do local ter uma equipe médica. Sena disse ainda que o anúncio da realização de cirurgias eletivas é um grande passo, mas o ideal é que a fila de pacientes seja zerada porque recursos de emendas parlamentares têm chegado.

O vereador Dirceu Soares avaliou como positiva a atuação da Secretaria da Saúde. “Houve uma evolução em muitos setores. No quadrimestre anterior, tinha sido baixa a produção, o desempenho. Continua ainda um desafio a questão da vacinação, campanhas de vacinação, que ainda estão bem abaixo do que precisa alcançar. O evento contou com todo o corpo da Saúde, reuniu pessoas importantes, diferentes de outros momentos em que foi uma pessoa só apresentando o relatório. Houve uma evolução, um crescimento da nossa saúde pública”.