PASSOS – Após quatro meses com saldo negativo na geração de empregos com carteira assinada, a região voltou a contratar mais que demitir e fechou novembro com a criação de 206 novos postos de trabalho. Em Passos foram 182 novas vagas, o que representa 88,4% do saldo da região. No ano, a região acumula saldo de 2.580 novos empregos gerados.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), quatro dos cinco setores da economia tiveram saldo positivo em novembro, com destaque para a agropecuária (144), o comércio (124) e os serviços (112).
Passos, com 182 novas vagas no mês passado, Capetinga (101), Piumhi (74), Capitólio (44) e São José da Barra (25) foram os municípios com melhor desempenho no mercado de trabalho no período.
A agropecuária foi o setor com maior saldo na geração de empregos em Passos (85), Capetinga (83) e Piumhi (61). Em Capitólio e São José da Barra, o comércio e os serviços registraram o melhor desempenho no mercado de trabalho em novembro, com geração de 51 novas vagas nas duas cidades.
Dos 27 municípios que integram a região, 14 fecharam novembro com saldo negativo no Caged. São Sebastião do Paraíso, com fechamento de 99 postos, foi a cidade com pior desempenho, seguida por Pratápolis (-44), Ibiraci e São Roque de Minas (ambas com -30), e Carmo do Rio Claro e Delfinópolis (ambas com -24).
Paraíso e Alpinópolis foram os dois únicos municípios da região que registraram saldo negativo nos setores do comércio e de serviços, que, normalmente, contratam trabalhadores para o período de Natal. Em Paraíso, o comércio fechou 24 postos e os serviços, 18. Em Alpinópolis, o comércio fechou uma vaga e os serviços, 14.
A indústria, único setor com saldo negativo no Caged de novembro na região, fechou 175 postos, e a construção, com nove vagas, teve o menor desempenho entre os setores que tiveram saldo positivo.
Na comparação com novembro de 2022, quando o saldo no Caged foi de 149 na região, o mês passado registra 57 postos de trabalho a mais.
País
No Brasil, novembro teve saldo positivo de 130.097 postos de trabalho com carteira assinada, segundo divulgou, nesta quinta (28), o Ministério do Trabalho e Emprego. Em novembro, foram 1.866.752 admissões e 1.736.655 demissões, segundo dados do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
No acumulado de janeiro a novembro, foram gerados no país 1.914.467 postos de trabalho. Os estados com maior saldo no acumulado de 2023 foram São Paulo (mais 551.172 empregos, com crescimento de 4,2%), Minas Gerais (saldo de 187.866) e Rio de Janeiro (mais 165.701).
Até agora, no ano, o maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com saldo de 1.067.218 postos formais de trabalho (o que representou 59,8% do resultado).
governo apontou que entre janeiro e novembro há destaque para as atividades de informação, comunicação e serviços financeiros, imobiliários, profissionais e administrativos. Outros resultados positivos de 2023 podem ser contabilizados para os trabalhos em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
“Temos uma consideração muito positiva desse resultado comparado ao que era a expectativa no final do ano passado e início do ano. Todos os analistas econômicos avaliaram que passaríamos por uma grande dificuldade”, avaliou o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena, em entrevista coletiva.
A maioria dos empregos formais foi contabilizada no setor de serviços (92.620) e no comércio (88.706). Com isso, o estoque total recuperado para o Caged foi de 44.358.892 postos de trabalho formais.
No mês de novembro, houve um saldo positivo de empregos tanto para mulheres (mais 95.356 postos de trabalho) como para homens (crescimento de 34.732).
Também foi registrado aumento de vagas para pessoas com deficiência, com saldo positivo de 1.344 para esse grupo. “Nós realizamos reuniões setoriais para sensibilizar para o cumprimento não só das cotas, mas da eficiência e eficácia de contratar pessoas com deficiência. Estamos trabalhando em regulamentações e acreditamos que isso vai impulsionar a contratação não só de jovens, mas também de pessoas com deficiência”, disse o secretário executivo do MTE na coletiva.
Além disso, houve saldo positivo para pessoas pardas (mais 78.122), brancas (49.412), pretas (mais 23.472), amarelas (mais 15.762) e indígenas (mais 1.336).
