15 de fevereiro de 2024
Foto: Arquivo FM.
PASSOS – A região atingiu 4.116 casos prováveis de dengue nesta quinta-feira, o que representa um aumento 82,21% em relação ao mesmo período de 2023. Segundo dados do Painel de Monitoramento Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES), 1.552 dos registros da doença em 2024 já estão confirmados.
O número de casos prováveis nos 46 primeiros dias de 2024 já é maior que o registrado em nove dos 15 anos da série histórica da dengue na região, ficando atrás somente do total de notificações de 2010 (4.311), de 2014 (6.627), de 2015 (5.208), de 2019 (6.268), de 2022 (9.064) e de 2023 (29.420).
Desde o início deste ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) registra duas mortes em investigação com suspeita da doença entre os 27 municípios que integram a Superintendência Regional de Saúde, uma em Capetinga e outra em Pimenta. Ontem a SES confirmou o terceiro óbito por dengue no Sul de Minas em 2024. As mortes ocorreram em Monte Belo, Arceburgo e Nepomuceno.
Em Minas, até esta quinta-feira, já são 181.645 casos prováveis de dengue, sendo 62.872 deles já confirmados. No estado, já são 18 mortes em decorrência da doença em 2024, já confirmadas, e 100 estão em investigação, segundo a SES.
Passos, com 1.484 casos prováveis, sendo 652 deles já confirmados, é a cidade com maior número de registros neste ano, seguida por Pimenta, que tem 1.019 casos suspeitos, sendo 217 deles com confirmação, e Piumhi (521 suspeitas, sendo 226 confirmados).
Após decretar situação de emergência em saúde pública por conta da explosão de casos de dengue, o governo do Distrito Federal alerta que casos graves da doença podem levar a quadros como hepatite e até mesmo insuficiência renal.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a gravidade, no caso específico da dengue, decorre de uma inflamação causada nos órgãos e da forma como o vírus atua no organismo. “O vírus penetra na corrente sanguínea, multiplica-se em diversos órgãos, e substâncias nocivas são formadas no organismo humano”, explica a secretaria, em nota.
“Após a picada, o vírus se multiplica em órgãos como baço, fígado e tecido linfático durante quatro a sete dias – período denominado incubação. A fase seguinte – viremia – dura cerca de seis dias e é marcada por febre. Nesta fase, o vírus continua a se multiplicar e os sintomas mais comuns surgem”, alerta a Secretaria de Saúde
O vírus da dengue, segundo a pasta, provoca uma alteração na permeabilidade dos vasos sanguíneos, provocando a perda de líquido denominado plasma, que deveria estar dentro dos vasos e que acaba indo para o interior de cavidades como abdome e tórax e tecido subcutâneo. Por isso, o paciente fica desidratado.
A secretaria alerta para quadros de diminuição das plaquetas, já que o vírus atinge a medula óssea. “São as quedas muito expressivas das plaquetas que ocasionam o sangramento, sinal de alarme que deve ser tratado com ajuda médica”, destaca a pasta,