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Colecionador de vinil possui acervo com 3 mil discos em Passos

APOSENTADO TEM COLEÇÕES DE CANTORES E GRUPOS COMO BETH CARVALHO, JAIR RODRIGUES, CLARA NUNES, TIM MAIA, ROBERTO LEAL, MOACIR FRANCO, BEATLES, BEE GEES E TRILHAS SONORAS DAS NOVELAS DA REDE GLOBO / Foto: Reprodução

PASSOS – No Dia do Disco de Vinil, comemorado no último sábado no Brasil, o aposentado Carlos Roberto dos Reis, o Carlão, de 71 anos e morador de Passos, preserva os mais de três mil ‘bolachões’, mil CDs e três aparelhos que possui.

Para arquivar o acervo musical, a maior parte lançada depois dos anos 60 do século passado, o apaixonado pela música desde os 10 anos de idade, quando morava com a família, em São Paulo, onde nasceu, a maioria das peças fica na estante e em mesas no piso da sala. Outras distribuídas em dois quartos. Hoje, Carlão mora sozinho em uma casa da rua Rio Tietê, no Santa Luzia. Os pais e três irmãos já faleceram.

Carlão contou que o primeiro disco que comprou foi um de Jerry Adriani, falecido em abril de 2017. Ele possui coleções completas de vários cantores e grupos, como Beth Carvalho, Jair Rodrigues, Clara Nunes, Tim Maia, Roberto Leal, Moacir Franco Beatles, Bee Gees, e de todos os LPs das trilhas sonoras das novelas da Rede Globo desde 1960, que guarda com muito carinho.

“Gosto de todos os ritmos de músicas como brega, MPB, sertanejo, rock, instrumental, blues e infantil. “Adoro a Xuxa, Angélica, Menudos, Trem da Alegria e muitos outros. Da Jovem Guarda tenho todos como Roberto Carlos, Erasmo, Wanderléa, Caetano Veloso, Gal, Ronnie Von. Sou fã número um de Moacyr Franco, porque o conheço pessoalmente, sua esposa Rose, e o filho Guto. Ótimas pessoas, além de Fábio Júnior”, declarou.

Além das músicas em discos de vinil e CDs, Carlão possui milhares de canções antigas e atuais em pendrive. A tradicional vitrola, usada apenas para rodar dos conhecidos ‘bolachões’ e minidisc MD, o colecionador não possui nenhuma.

“Tenho aparelhos bem antigos, mas com opções para tocar disco, CD e pendrive. De uns anos para cá, não tem renovado minha galeria por dois motivos: as peças são muito caras e tenho que ir a São Paulo ou Ribeirão Preto. Incluindo as despesas, pesa mais ainda no bolso”, afirmou Carlão, residente em Passos há mais de 30 anos.

 A volta

O disco de vinil é considerado um marco na história do entretenimento musical, ajudando a criar novos hábitos, seja entre os ouvintes ou entre os produtores musicais. O vinil foi desenvolvido em meados da década de 1940, permanecendo popular em todo o mundo até o surgimento do CD e de outras mídias mais avançadas.

Atualmente, o disco de vinil voltou a se tornar popular, não pela sua praticidade, visto que os CDs apresentam superior qualidade sonora, por exemplo, mas pela peculiaridade que o caracteriza.

A comemoração do Dia do Disco de Vinil surgiu em homenagem ao músico Ataulfo Alves, que morreu em 20 de abril de 1968. Dez anos depois, em 1978, no Rio de Janeiro, os saudosistas e colecionadores de discos decidiram dedicar esta data para celebrar a sua paixão pelo vinil.

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