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China é o 3º maior importador de café de Paraíso e o 6º de Minas

11 de abril de 2024

Foto: Reprodução

PASSOS – No ano passado, a China assumiu o terceiro lugar entre os maiores importadores de café de São Sebastião do Paraíso. No estado, a China ocupa a sexta posição.

O país asiático importou 6,19 mil toneladas do produto e gerou receita de US$ 23,6 milhões no município, logo atrás dos Estados Unidos, que importou 601,8 toneladas a mais e gerou uma receita US$ 3,4 mil maior, e da Alemanha, maior importador, com US$ 28,1 milhões de receita e 7,87 mil toneladas importadas.

O valor obtido com as vendas de café ao mercado chinês representou aproximadamente 11,8% da receita total das exportações do produto em Paraíso em 2023, que foi de cerca de US$ 200 milhões. No ano passado, o município embarcou 56,3 mil toneladas de café para o exterior.

Nos últimos dois anos, a China saltou da 28° posição no ranking dos principais compradores de café de Paraíso, desbancando tradicionais importadores do café brasileiro, como a Itália e o Reino Unido, por exemplo. Em 2022, a China importou 57,6 toneladas de café de Paraíso, o que representou US$ 313,7 mil em receita.

Além de Paraíso, a China também importa café de Ibiraci entre os principais produtores da região. No ano passado foram 45,5 toneladas compradas do município, com receita de US$ 181, 4 mil. Em 2022, a China comprou 52,8 toneladas de café de Ibiraci, o que gerou US$ 306,1 mil em receita.

Em 2023, os principais municípios mineiros fornecedores de café para o mercado chinês foram Varginha, com o embarque de 19,7 mil toneladas e receitas de US$ 71,9 milhões; Guaxupé (17, mil toneladas e US$ 57,8 milhões de receita); Alfenas (9,03 mil toneladas e US$ 32,1 milhões); Araguari (8,3 mil toneladas e US$ 27,3 milhões) e Paraíso.

 

 

Com alta de 3,960%, país atinge US$ 251 milhões em receitas em MG

BELO HORIZONTE – O café mineiro tem conquistado, cada vez mais, o mercado chinês. Nos últimos dez anos, o aumento nas receitas com exportações do produto cresceu 3.960% e atingiu quase US$ 251 milhões em 2023. Com o avanço, o país asiático chegou ao patamar de sexto principal destino da produção cafeeira no estado.

Entre 2022 e 2023, o salto de exportações do café mineiro para a China foi de 250%, chegando a quase US$ 251 milhões e 1,2 milhão de sacas embarcadas no ano passado. Em 2022, os dados correspondiam a US$ 71,5 milhões e 324 mil sacas. Para se ter ideia, há dez anos, em 2014, as compras chinesas somavam apenas US$ 6,1 milhões e 32,2 mil sacas.

De acordo com o diretor de Cadeias Produtivas da Seapa, Julian Silva Carvalho, esse aumento expressivo decorre de mudanças nos padrões de consumo dos orientais, que cada vez mais têm aprendido a apreciar a bebida.

“Nós viemos de um cenário de baixa demanda por café por parte dos chineses. Diferentemente do que sempre aconteceu nos Estados Unidos e na Europa, as pessoas na China tinham o costume de consumir chá ao invés de café. Conforme vão se tornando mais cosmopolitas e conhecendo novos produtos, isso tem se transformado”, avalia o especialista.

O café é o principal item da pauta exportadora do agronegócio de Minas Gerais, alcançando a receita total de US$ 1,1 bilhão no primeiro bimestre deste ano, com um volume de 5,3 milhões de sacas embarcadas. Os Estados Unidos, a Alemanha, a Bélgica, o Japão e a Itália lideram as aquisições do produto mineiro, seguidos pela China.

O Governo de Minas incentiva a produção de café com qualidade superior, respeitando as boas práticas agropecuárias de padrão internacional, por meio da assistência técnica da Emater-MG, das pesquisas da Epamig e da vigilância sanitária executada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária.

Além disso, em 2023, esforços conjuntos da Secretaria de Agricultura, do Instituto Estadual de Florestas, vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) culminaram no desenvolvimento da plataforma SeloVerde MG.

A ferramenta comprovou que 99% das propriedades cafeeiras em Minas Gerais estão categorizadas como áreas livres de desmatamento desde 2008, data-base estipulada pelo Código Florestal.