BELO HORIZONTE – No próximo fim de semana, ruas e avenidas lotadas de foliões para brincar no Carnaval, agora liberado pelas autoridades sanitárias após as restrições devido à pandemia de covid-19. Assim, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), atenta para a segurança da população em relação a eletricidade, alerta para os cuidados durante a realização dos eventos pré-carnavalescos.
De acordo com o gerente de Segurança do Trabalho da Cemig, Lauro Fernando Ribeiro, os responsáveis por planejar os eventos de Carnaval devem ficar atentos aos riscos de choque elétrico. “Um exemplo muito comum é quando materiais metálicos são arremessados ou entram em contato com a rede elétrica. Eles podem causar curto-circuito e até mesmo rompimentos de cabos da rede de distribuição da Cemig. Isso pode causar situações perigosas, como fios energizados e incêndios, com risco de ferimentos graves e até fatalidades”, disse o especialista.
Outra recomendação do gerente é que as pessoas jamais devem se aproximar de fios no chão. “Caso se depare com um fio partido, não se aproxime ou toque no cabeamento e, se possível, não permita que outras pessoas se aproximem também. Nos casos em que condutores rompidos caiam sobre veículos, é muito provável que, ao sair do automóvel, a pessoa sofra um choque elétrico, que pode ser de até 13.800 volts, caso seja uma rede de média tensão”, orienta Lauro Ribeiro.
Levantamento de fios
Segundo a Cemig, em anos anteriores, houve registros de blocos carnavalescos de Belo Horizonte que chegaram a contratar “profissionais” para levantar fios da rede elétrica e também de telefonia e TV a cabo para que trios elétricos trafegassem pelas ruas de alguns bairros da capital. Esse procedimento, além de criminoso, é inadequado e pode causar acidentes graves com a rede elétrica.
“Levantar um fio sem a devida autorização é um erro. Ainda maior se olharmos os problemas que podem acarretar à sociedade. O movimento de levantar fios impacta na tração nominal do poste, pois não sabemos se ele está comprometido. O esforço realizado pode ocasionar sua queda e consequentemente acidentes”, alerta o gerente.
“Um outro ponto é que, para pessoas leigas, nem sempre é possível identificar se o cabo é de energia ou telecomunicações, além de não ser possível saber se este cabo estaria energizado indevidamente. Por isso, até mesmo os profissionais de telecomunicações são treinados em segurança com energia elétrica para realizar as suas atividades nos circuitos e cabos de telecomunicações”, disse o gerente da Cemig.
Segundo ele, as redes de telecomunicações ficam afixadas nos mesmos postes e estão posicionadas logo abaixo da rede elétrica. “Não é permitido ‘suspender’ essas redes de telecomunicação. E, se o veículo de som ou trio elétrico se enroscar nesses fios, há risco de o poste se quebrar ou, ainda, de o fio telefônico se romper e ser projetado contra a rede elétrica, o que provocaria curto-circuito com risco de choque elétrico às pessoas próximas, lembrando que neste período, ao lado do trio elétrico, temos dezenas, centenas e até milhares de pessoas e ter uma atitude destas é uma enorme irresponsabilidade com os foliões ali presentes”, disse.