26 de julho de 2023
OLÁRIO, O PRIMEIRO À ESQUERDA, E REGINA, MESMO COM GRAVE DIFICULDADE FINANCEIRA, CONTINUAM MANTENDO A CENTRAL EM ATIVIDADE./ Foto: Divulgação.
Ézio Santos
PASSOS – O coletor de material reciclável e um dos fundadores da extinta Coocares, Olário Alves Ribeiro, de 76 anos, lançou uma campanha de arrecadação para a compra de um veículo. O objetivo é conseguir R$ 15 mil, dinheiro que será usado na compra de uma caminhonete usada, e evitar gastos com pagamento de frete no transporte de material.
Com dívida superior a R$ 40 mil e falta de dinheiro para regularizar a documentação da cooperativa de catadores, a extinta Coocares não conseguiu participar do chamamento público realizado pela Prefeitura de Passos no lançamento da coleta seletiva na cidade. Sem veículo próprio para transportar o material, eles têm que arcar com o pagamento de frete.
Ribeiro, que integra a diretoria da Central de Organização dos Catadores Recicláveis e Reutilizáveis do Sudoeste Mineiro (COCRR), afirma que tem contribuído pouco no trabalho realizado no barracão da extinta Coocares, que funciona na avenida Arlindo Figueiredo, mas tem solicitado ajuda de comerciantes e empresários para a aquisição de um veículo a ser usado no transporte do material coletado.
“Faço o que posso para ajudar os catadores da antiga Coocares, que não existe mais. Moro longe de lá, ajudo quando o pessoal precisa, e porque gosto do que faço há muitos anos, juntando a minha experiência com a saúde física”, disse.
A caminhonete que era usada pelos catadores foi encostada devido a problemas de mecânica e de lataria, e, segundo Ribeiro, os coletores têm gasto cerca de R$ 40 por viagem para o pagamento de frete para transportar o material até o barracão.
Diante da situação, Ribeiro e os catadores decidiram fazer a campanha de arrecadação. “Estou necessitando de R$ 15 mil, e pedido uma contribuição de R$ 100 a 150 pessoas. Eu, a Regina (Regina Lopes de Lima, presidente da extinta Coocares) e os catadores estamos na caça aos doadores desse dinheiro, nem que demore alguns meses, mas tenho fé que vamos conseguir”, afirma Ribeiro.
Regina e os cinco integrantes da entidade atuam na coleta de material nas ruas e também do que é doado por empresas. Ela lamenta a falta de dinheiro para regularizar a documentação da cooperativa de catadores e de ter ficado de fora do programa de coleta seletiva implementado no município. “Por isso ficamos de fora da coleta seletiva de lixo na cidade. Isso nos prejudica demais, porque caiu 50% as doações. Além disso, os compradores baixaram muito o preço dos recicláveis, agravando ainda mais a nossa situação”, disse a dirigente.
Os interessados em participar da campanha da COCRR podem entrar em contato por meio dos telefones (35) 9-9950-3774 e 9-9713-5196. O endereço da central é avenida Arlindo Figueiredo, 1.781, Residencial Parque Tropical, região do bairro São Francisco, nas proximidades do Lar São Vicente de Paulo.