Ézio Santos
PASSOS – Após 19 dias da assembleia realizada pela Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) para anunciar o resultado de auditoria que apurou dívida de cerca de R$ 90 milhões, o presidente da instituição, Renato Oliveira Medeiros, afirma que os cooperados não devem receber boletos e que parte do valor deve ser abatida na compra de produtos Radar.
“Uma das formas que encontramos para não desembolsar nenhum valor é o pagamento do rateio mediante abatimento de percentual em compras dos produtos Radar e de parceiros que serão estabelecidos. Cada um tem seu débito revelado porque o rateio é feito na proporção das operações que são realizadas com a Casmil, nos termos do art. 5º, VIII e art. 49, parágrafo segundo do Estatuto Social e nos termos do artigo 80 da lei 5.764/1971”, afirma o presidente da Casmil.
Os membros dos conselhos Administrativo e Fiscal estão iniciando os primeiros contatos com os associados, por meio de telefone, correspondência e redes sociais, reuniões com sindicatos e, em certas ocasiões, pessoalmente. “Vamos informando a cada um, também via telefone e correspondência. Aliás, o valor de R$ 75 mil para cada fiador, podemos dizer assim, não procede. Vai depender de qual melhor maneira a pessoa quer tirar do bolso”, disse Renato.
Por meio de auditoria realizada por uma empresa contratada pela nova direção da Casmil, a dívida da cooperativa ultrapassa R$ 90,4 milhões. Os valores foram apresentados em assembleia geral ordinária realizada no dia 6 de agosto.
Após a assembleia, o ex-presidente da Casmil Leonardo dos Reis Medeiros afirmou que pretende acionar a Justiça para tentar de anular a assembleia.