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Casmil evita leilão de imóvel com depósito de R$800 mil

Quatro depósitos feitos em juízo evitaram o leilão da fábrica de ração./ Foto: Divulgação.

Ézio Santos

PASSOS – A Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) conseguiu suspender o leilão da fábrica de ração na manhã desta quarta-feira, 8. Horas antes do início da hasta pública, foram depositados na 1ª Vara da Justiça do Trabalho, em Passos, o valor de R$800 mil para abater na dívida de R$1,46 milhão com credores.

O imóvel, com área total de 12,5 mil m² e área construída de 4.044 m² foi avaliado em R$12,2 milhões no lance inicial, caso o leilão tivesse ocorrido. Após 30 minutos do primeiro pregão, o lance mínimo cairia para 50%, ($ 6,1 milhões). O arrematante teria um prazo de 24 horas para efetuar o pagamento em juízo.

Segundo a diretora da 1ª Vara do Trabalho, Juliana Orlandi Aoun, o leilão da fábrica de ração foi autorizado pelo juiz substituto, Victor Luiz Berto Salomé Dutra da Silva, a pedido dos advogados de ex-funcionários da empresa, que alegaram que estavam recebendo baixos valores mensalmente nos acordos firmados.

“Até o início desta semana, a dívida estava em R$1,69 milhão, porém, a Casmil depositava R$44 mil por mês. Agora, com os R$800 mil acumulados hoje (ontem), além dos R$180 mil mensais que serão depositados até maio de 2023, relativos à venda de parte da área anexa à empresa Lago & Silva pelo valor de R$ 3,35 milhões, o saldo devedor deve baixar para aproximadamente R$ 667 mil”, disse.

O alívio foi significante e excelente para quem tem dinheiro a receber da justiça trabalhista através das ações transitadas em julgado”, completou.

De acordo com a diretora, os R$224 mil repassados mensalmente à justiça trabalhista são oriundos de 35%, R$44 mil, do aluguel da fábrica de ração à Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR) de Minas Gerais, com sede em Belo Horizonte, e R$180 mil como parte da venda da área anexa negociada pelo valor de R$3,35 milhões. Desse total, a Casmil repassou no ato do recebimento da negociação, R$1,05 milhão em juízo.

Ontem, a assessoria jurídica da cooperativa preferiu não comentar sobre a suspensão do leilão. A Folha apurou que a cooperativa conseguiu quatro parceiros financiadores para evitar o leilão do imóvel, efetuando em juízo quatro depósitos de R$200 mil.

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