Ézio Santos
PASSOS – A Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) deve divulgar, em assembleia geral ordinária neste domingo, 6, o resultado da auditoria realizada por uma empresa especializada, do interior de São Paulo. De acordo com informações da cooperativa, a auditoria vem sendo feita depois que a nova diretoria assumiu e apontou ajustes que eram necessários.
Para o diretor-presidente, Renato Medeiros, na função desde 21 de dezembro de 2021, não é só dívida a ser revelada na reunião de amanhã, a ser realizada no Espaço Tropeiro, localizado na área do Parque de Exposições de Passos, com a última chamada às 11h, mas também outros assuntos. “O importante é que ficamos sabendo através da auditoria sobre todos os ajustes que eram necessários e ainda não haviam sido feitos”, sintetizou Renato.
Outro tema importante é qual providência a ser tomada quanto ao resultado da auditoria. O Conselho de Administração deve apresentar propostas aos cooperados para pagamento do rateio. “Tenho em mente o que pode ser feito, mas se a assembleia concordar. Especificamente, em relação à dívida, era o que eu esperava e não é impossível a Casmil ser uma cooperativa forte. Temos que arregaçar as mangas, trabalhar com os pés no chão, paciência, renegociar com credores, bancos, Justiça Trabalhista, governos estadual e federal relativo aos impostos e tributos”, disse Renato.
Em 18 meses de gestão, ele destaca o trabalho dos membros da diretoria que assumiu a Casmil falida e cita como exemplo a recuperação da fábrica de ração. “Antes, a produção mensal era de 80 toneladas, e hoje beira 500. E assim, mais a receita de aluguéis, vamos lentamente, colocando as coisas no lugar. Tenho fé em Deus que a médio ou longo prazo, a nossa cooperativa voltará a ser como outrora”, afirma.
Estatuto
O segundo assunto mais a ser discutido na assembleia é a reforma do Estatuto Social, que é a lei da cooperativa para a realidade de hoje. Alguns exemplos de mudanças são a diminuição do salário do cargo de diretor-presidente, dos conselheiros fiscais e reestruturação do Conselho de Administração com redução de sete membros para três. Além da retirada do estatuto, o impedimento daquele que não forneceu leite à Casmil, porque o setor de captação foi interrompido em 2020. Segundo a cooperativa, as alterações propostas pelo Conselho de Administração são para enxugar os gastos e conseguir dar voz ativa aos cooperados.