27 de maio de 2023
Segundo a prefeitura, os novos valores estão previstos para serem implementados na folha de pagamento do mês de junho./ Foto: Divulgação.
Yngrid Horrana
C. R. CLARO – A Prefeitura de Carmo do Rio Claro prevê gasto de R$ 585,7 mil com a adequação do piso salarial dos técnicos e auxiliares de enfermagem no município neste ano. Para 2024, a previsão é de R$ 1,17 milhão.
Na última semana, a Câmara aprovou o projeto de lei complementar, enviado pela prefeitura, que prevê a adequação dos salários de acordo com o piso nacional da Enfermagem. Em 2023, os novos salários serão pagos a partir de maio. “Este piso visa a valorização justa e devida aos profissionais de saúde”, afirmou o setor jurídico da Câmara.
Com a nova medida, a base salarial dos técnicos em enfermagem será R$ 3.325,00. Atualmente, esses profissionais recebem em torno de R$ 1.438,74, segundo a prefeitura. No caso dos auxiliares de enfermagem, o piso passa de R$ 2.216,24 para R$ 2.375,00. Neste ano, a implementação do novo arcabouço terá impacto orçamentário-financeiro de aproximadamente 0,54070%, conforme apresentado pela gestão.
Inicialmente, a implementação do novo piso será destinada para todos os nove enfermeiros técnicos e oito enfermeiros auxiliares da Atenção Primária à Saúde (APS), os quais fazem parte do quadro de profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, afitmou o secretário-adjunto de saúde Ederaldo Silva Leandro.
Ele afirma que os novos valores estão previstos para serem implementados na folha de pagamento do mês de junho.
“Se não conseguirmos pagar nesse mês de junho, referente ao mês de maio, pagaremos na folha de pagamento de julho, mas com pagamento retroativo. Então, como a lei já foi aprovada, ela começa a valer a partir deste momento. Faremos de tudo para pagarmos agora”, declarou.
A técnica em enfermagem Janaína Aparecida Moraes afirmou o impacto do novo piso na vida dos técnicos e auxiliares de enfermagem: “Essa conquista dos profissionais da área da saúde é de uma importância muito grande. Antes, não tínhamos o piso. Era salário mínimo, que mal dá para fazer uma compra para a casa”, disse.
Ela conta que muitos colegas de profissão precisavam atuar em dois empregos para suprir as necessidades. “Com o piso, nos sentimos mais valorizados. A população precisa entender que temos uma profissão, e que a gente precisa levar alimento para dentro de casa”, afirmou a profissional.
“Desde o início, a administração municipal tem grande preocupação em valorizar financeiramente esses profissionais”, afirmou o secretário adjunto. Foi dada prioridade aos técnicos e auxiliares de enfermagem dos postos de saúde em razão do contato direto com a população.
“Desempenham grandes funções na saúde pública municipal e são eles que estão mais próximos dos nossos pacientes mais debilitados, juntamente dos demais profissionais de saúde, desempenhando um excelente trabalho, com muita dedicação”, destacou Ederaldo Silva.