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Caps reforçam tratamento da liberdade em encontro em Paraíso

Foto: Reprodução.

S. S. PARAÍSO – As unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Cpas) de São Sebastião do Paraíso realizaram o segundo encontro da Rede de Atenção Primária Psicossocial (Raps) no município, na última quinta-feira, 25, com foco em homenagear os 36 anos do Movimento da Luta Antimanicomial no país.

Neste ano, o evento organizado pelos Caps Vitória, Paraíso e Girassol ocorreu no Teatro Municipal Sebastião Furlan, com a temática “Atenção psicossocial, Interseccionalidade e Decolonialidade: o SUS e a Integralidade do Cuidado”.

O encontro reuniu pelo menos 150 pessoas e contou com cinco mesas redonda, onde foram discutidos os seguintes assuntos: garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS, saúde mental da população Negra e LGBTQIAP+, importância da gestão em saúde e os avanços da Raps, saúde mental na atenção primária e a intersetorialidade entre saúde mental e educação. 

Representantes da Secretaria Regional de Saúde e dos municípios de Passos, Jacuí, Cássia, Pratápolis, Monte Santo de Minas, Itamogi, Monte Santos de Minas, São Tomás de Aquino e Pimenta prestigiaram o encontro. “A gente convidou o pessoal da região para mostrar o trabalho do Caps no tratamento da liberdade, que consiste em não tirar a pessoa da liberdade no período de acompanhamento”, disse o educador físico Allan Cristian Cruz, do Caps Vitória.

Cruz destacou a demanda no Caps Vitória, que atua no acompanhamento de pessoas com dependência química. Ele afirma que a maior parte do público que busca o centro de assistência social ou está desempregado, ou passa por desavença familiar, ou desilusão amorosa. 

Geralmente, essas pessoas recorrem às substâncias como forma de anestesiar o sofrimento. Seja pela perda de emprego, reclusão familiar…”. O Caps Álcool e Drogas (AD) Vitória atende cerca de 40 pacientes por dia, conciliando o tratamento com o Projeto Terapêutico Singular, proposta que visa trabalhar com a ressocialização de pessoa sem abstinência e com dependência de substâncias psicoativas. 

As atividades acontecem de forma individual, de acordo com a demanda de cada paciente, afirma Allan Cruz. “O Projeto busca alinhar um projeto de vida. Seja ingressando no mercado de trabalho, refazendo os vínculos afetivos, auxiliando a pessoa que deseja engatar um relacionamento…”, diz. A partir das demandas, o Caps Vitória também apoia as pessoas na formalização de currículos, indicações para processos seletivos e mais.

Grupo de Psicomotricidade

Recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde mudou o Grupo de Psicomotricidade da Unidade de Saúde da Família (USF) João XXIII para a Equipe Multiprofissional de Atenção Primária (Emap), no bairro Vila Santa Maria. A medida foi feita para facilitar o deslocamento da população e beneficiar a execução das atividades propostas pelo Grupo nas áreas internas e externas da unidade.

O programa contempla crianças de até 11 anos de idade com atividades psicomotoras e de orientação comportamental para o desenvolvimento socioafetivo.

“Já passaram cerca de 40 crianças pelo projeto, sendo essas com queixas relacionadas ao comportamento, agitação, desatenção e disfunções psicomotoras”, disse o terapeuta ocupacional Luiz Gustavo de Castro. “Quando existem dificuldades da criança em algum aspecto de vida, através da brincadeira e jogo simbólico, o terapeuta facilitará a construção de reflexão, da autonomia e da criatividade. A atenção primária é de extrema importância para a melhora da saúde na vida adulta”, disse.

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