23 de setembro de 2024
A contratação de pessoas para divulgação das campanhas tem impulsionado a renda dos passenses no período eleitoral./ FOTO: Divulgação
Luisa Scandorilli
PASSOS – O trabalho de divulgação em campanhas eleitorais pode render R$ 85 ao dia ou um salário mínimo (R$ 1.412) por mês em Passos. Ao menos 65 pessoas atuam nas campanhas das candidaturas do PL e do PT que disputam a prefeitura e a Câmara do município. A direção da campanha à reeleição do prefeito Diego Oliveira foi contactada para esta reportagem, mas não respondeu à solicitação de informações.
De acordo com a presidente do PL em Passos, Priscila Baldini, há dois tipos de contratação para a divulgação das campanhas, um para o trabalho diário e o outro mensal. No diário, o pagamento é de R$ 85 e, no mensal, os trabalhadores recebem R$ 1.412.
“Além disso, fazemos o transporte do pessoal e oferecemos lanches reforçados. É assim que cuidamos das pessoas: com respeito e carinho” afirma Priscila. Segundo ela, em média são 25 trabalhadores mensais.
Para o presidente do PT em Passos, Ricardo Andrade, o trabalho de divulgação das campanhas é positivo e fundamental para o partido e às candidaturas. Segundo ele, a verba partidária destinada a essas atividades gira em torno de R$ 200 mil, para as candidaturas a prefeito, vice e vereadores.
“Em média, contamos com quarenta trabalhadores, contratados através da busca por pessoas que tenham as características necessárias ao bom desempenho da função”, afirma Andrade.
Para trabalhadores que atuam nas campanhas, a divulgação e mobilização em ruas são uma oportunidade de conseguir uma renda extra. Segundo eles, o pagamento é feito por meio de Pix ou cheque.
Para enfrentar o dia a dia nas campanhas, pessoas que trabalham em locais de grande movimentação, como a avenida dos Expedicionários, lançam mão de um kit que abrange protetor solar e outros itens.
“Nas mochilas, nós trazemos perfume, desodorante e protetor solar para ir usando sempre que possível para nos manter cheirosas e protegidas dos raios solares” afirma uma trabalhadora.
Segundo outra trabalhadora, que atua em campanhas eleitorais desde 2022, a atividade é cansativa, “É cansativo, mas a gente tem um horário de descanso, horário de comer, beber, tomar água. Então, é tranquilo”, disse.