2 de maio de 2024
Foto: Reprodução
WASHINGTON L. TOMÉ DE SOUSA
Meses atrás escrevi sobre problema recorrente em Passos (“A ‘bola da vez’, agora, é um andarilho magérrimo e maltrapilho, que vagueia, diuturnamente, pela cidade acompanhado de uma verdadeira ‘frota’ de cães (matilha) vira-latas. Vez ou outra, os seus ‘acãopanhantes’ resolvem morder um transeunte desavisado, causando grande alvoroço…”) e que, mais uma vez, volta a incomodar transeuntes e motociclistas, como recentemente noticiado pelo portal G1 de notícias: “Matilha com 30 cães ataca moradores em Passos…”.
Em determinado país asiático, em que cachorros são vistos e apreciados como fonte de proteínas, tal fato não ocorreria, mas estamos no Brasil, em Passos, e precisamos lidar com estas questões. O poder público tem a responsabilidade de apresentar solução para o problema não só dos cães que, abandonados, infestam a cidade, mas, também, dos moradores em situação de rua que proliferam a olhos vistos, trazendo transtornos de várias ordens. É um problema social de difícil solução (o dos moradores de rua), reconhecemos, mas para o qual não se pode fazer vista grossa, pois tende a se agravar, se não enfrentado. Como cidadão, apenas, não me compete apontar a solução (e creio que ninguém e nenhuma instituição a tem em definitivo), mas, ao menos, duas coisas têm que ser observadas em necessária atuação do poder público ao lidar com o problema: a dignidade do ser humano e a segurança do cidadão.
Outra dificuldade de recorrência anual, e previsível, na área da saúde, é a da epidemia de dengue que assola não somente Passos, mas o Brasil todo. Medidas preventivas (e de baixo custo) podem e devem ser tomadas, tanto pela administração pública quanto pelos cidadãos, para se evitarem tantas mortes como têm ocorrido em decorrência da doença.
Temos um prefeito atuante e dinâmico, que tem tido uma administração exitosa em vários aspectos, investindo em obras públicas e trazendo grandes investimentos para Passos. Com o seu entusiasmo (“Vamos pra cima!”) trouxe alma nova para a cidade. Mas as coisas corriqueiras, do cotidiano, não podem ser negligenciadas. Se vai bem no ‘atacado’, precisa cuidar, também, do ‘varejo’.
Volto a lançar um desafio às autoridades, políticos e empresários de Passos e região, a insistir em proposição que venho fazendo há tempos aqui neste espaço, pois vejo que o momento é bem adequado para tal: “Aproveito a oportunidade para lançar, novamente, a ideia por mim aqui proposta em junho de 2018: diante da escassez de recursos financeiros e da necessidade de se apresentarem soluções para as demandas da cidade, da região e de seus cidadãos, urge a realização de um fórum de desenvolvimento econômico e social, com a participação de todos os setores representativos locais e da região (empresarial, político e social), de onde, certamente, surgirão novas ideias para o futuro e respostas adequadas para os problemas do presente, se não para todos, ao menos para o que for factível. Fica aqui lançado o desafio às nossas lideranças”.
“Somos do tamanho dos nossos sonhos” (Fernando Pessoa).
Saúde e paz a todos!
WASHINGTON L. TOMÉ DE SOUSA (“Reflexões” – washingtontomedesousa – Youtube e Facebook), advogado, ex-diretor da Justiça do Trabalho em Passos, escreve quinzenalmente às quartas, nesta coluna