Moda

Cachorro vira luxo

2 de setembro de 2023

Moda para os pets: Wag & Wool./ Foto: Reprodução.

BLOCO DE MODA – Wagner Penna

Vira e mexe, a gente está aqui falando das roupinhas dos pets. Afinal, o Brasil é o segundo país do mundo em gastos com cuidados aos animais de estimação. São mais de R$ 50 bilhões ao ano. Por isso mesmo, tudo para encantar essas fofuras é lançado no mercado, inclusive linhas completas de roupas e acessórios. Mas isso não é novidade.

Novidade mesmo é que as marcas internacionais do assunto, agora, estão se preocupando também com a sustentabilidade. Ou seja, elaboram suas peças com materiais reciclados, confortáveis ou não poluentes.

Levantamento recente, apontou algumas marcas/destaques nesse quesito como Snoot Style, Canada Pooch, Beana Design, Cloud7, Wag&Wool, Kali Dog Wear e Kizzou. Há também aquelas especializadas em acessórios (coleiras, lanços, sapatinhos, etc) que foram relacionadas, como a Omniagioia, Bonne et Filou e Meomari. Fazem verdadeiras jóias.

E tem mais: existe até uma linha de ‘alta-costura’ para os pets, sendo lembradas marcas tais como Holly Owl, Eva Machi, UnoRuben e LolliPet.

No Brasil, são inúmeras pequenas marcas trabalhando com a chamada dogwear. Um segmento que cresce e aparece, cada vez mais, na lista de gastos com esses novos membros das famílias modernas.

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A ‘Reserva’, marca de vestuário e estilo de vida, e a ‘Petlove’, varejista de itens para animais de estimação, decidiram criar uma categoria de produto no mercado de consumo: moda com grife para pets. Os dois grupos, que faturaram no ano passado mais de R$ 1 bilhão cada um, se uniram para lançar 100 itens para cães no mês passado.

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A nova marca ‘Reserva pra Cachorro’ vai batizar roupas e acessórios. Uma capa de chuva, por exemplo, custa R$ 259; gravatas e bandanas saem por mais de R$ 89; brinquedos, acima de R$ 79; coleiras, mais de R$ 99. São produtos para o público das classes A e B, o mesmo que já compra artigos de vestuário da Reserva.

Ainda neste ano, a parceria prevê linhas de itens para gatos também. “O mercado de lifestyle para pets está só no começo, vai crescer muito”, prevê a CEO da Petlove, Talita Lacerda. Na sua avaliação, há uma grande carência na oferta de itens de qualidade e com estilo para os pets.

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No ano passado, as vendas de produtos e serviços para animais de estimação atingiram R$ 60 bilhões e cresceram 16,4%, segundo o Instituto Pet Brasil. O segmento de artigos de moda para pessoas de todas as classes sociais gira anualmente em R$ 110 bilhões, observa Rony Meisler, CEO da Reserva.