PASSOS – Campeão da Fórmula 2 e contratado pela Aston Martin no ano passado, o brasileiro Felipe Drugovich pode estrear na Fórmula 1 nesta temporada. O piloto reserva da equipe inglesa participou do primeiro dia de testes deste ano, no Bahrein, na manhã de ontem, 23, substituindo o titular Lance Stroll, que sofreu um acidente de bicicleta na última semana.
Drugovich encerrou a sessão de testes com 40 voltas e registrou 1min34s564 como o seu melhor giro. Foi o piloto que menos rodou na pista, atrás do japonês Yuki Tsunoda, da Alpha Tauri, com 46 voltas. Para comparação, Max Verstappen, da Red Bull, deu 71 e fez o giro mais rápido: 1m32s837. Fernando Alonso, companheiro do brasileiro na Aston, fez o segundo melhor tempo, apenas 0s029 atrás de Max.
Contudo, neste primeiro momento, nenhuma equipe está olhando para a tabela de tempos. Cada um tem o seu programa a ser seguido, checando as informações que vêm do carro e os dados aerodinâmicos, que são cruzados com o que foi obtido nas simulações da fábrica. E, depois, começam as mudanças de acerto para ver como o carro responde.
Estreia
Segundo o chefe da Aston Martin, Mike Track, o canadense Lance Stroll lesionou os punhos no acidente de bicicleta, mas não revelou a data prevista para o seu retorno. Ainda assim, a equipe inglesa conta com o retorno do piloto para a estreia no dia 3 de março. No entanto, como isso não pode ser 100% confirmado, o time foi o único que não definiu o cronograma de testes de antemão, sem saber se haverá a necessidade de preparar Drugovich para o GP do Bahrein.
O experiente Stoffel Vandoorne, também piloto reserva da Aston, revelou que “se Lance não estiver disponível, não ficaria surpreso se Felipe fizesse a corrida”, por conta da preparação do brasileiro no último teste. Na última semana, a Aston divulgou a parceria com a McLaren, disponibilizando seus pilotos reservas (Drugo e Vandoorne) caso a equipe necessite.
Caso seja confirmada a estreia de Felipe na próxima semana, seria encerrada a sequência de três anos sem um brasileiro nas pistas da F1. O Brasil está sem um representante desde 2020, quando Pietro Fittipaldi substituiu Romain Grosjean na Haas após acidente do francês. Antes, em 2017, Felipe Massa foi o último a ter um cockpit quando era piloto da Williams, equipe que defendeu desde 2014.