Débora Meira

PASSOS – Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (Isaps, na sigla em inglês) a procura por cirurgias íntimas tem aumentado entre as mulheres. De acordo com a instituição, o Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo entre os países que mais realizam os procedimentos. Em 2020, foram 20.334 labioplastias no país. Nos Estados Unidos, segundo colocado no ranking, foram 13.697.

Segundo o ginecologista e obstetra Igor Padovesi, a cirurgia pode ser realizada para fins estéticos ou de saúde. “A ninfoplastia ou labioplastia serve para reduzir o excesso de pele nos pequenos lábios. Tem ainda a opção pela perineoplastia, que corrige a flacidez do canal vaginal. Eu realizo cerca de 4 a 10 procedimentos todos os meses, incluindo meus atendimentos em São Paulo”, disse.

“A labioplastia é realizada como uma cirurgia ambulatorial, em consultório sob anestesia local. O procedimento é muito tranquilo e totalmente indolor. Dessa forma permite que a mulher tenha total privacidade, além de custo reduzido, por não ter despesas hospitalares e nem de anestesista. Já a perineoplastia é realizada tradicionalmente no hospital, mas em casos de correções menores também é possível ser realizada em consultório”, comentou.

Segundo o médico, as mulheres de todas as idades podem procuram um especialista para realizar o procedimento. Segundo ele, já fez operações em meninas de 15 anos e em senhoras de 69 anos, por exemplo. “Tem sido crescente a procura por mulheres entre 40-50 anos que sempre tiveram incômodo com a região íntima, que descobriram que a cirurgia é feita de forma tranquila e privativa, sem necessidade de internação”, enfatizou Igor.

Para o médico, a cirurgia íntima melhora principalmente a autoestima e a sexualidade da mulher, pois muitas têm incômodo e constrangimento com a sua região íntima.

“A ninfoplastia também melhora o desconforto que pode ser causado nas relações sexuais e na prática de atividades físicas. Ainda reduz volume que pode marcar o biquíni ou lingerie. Já a perineoplastia é indicada para mulheres que apresentam flacidez, principalmente após partos normais ou quando possuem menor sensibilidade e flatulência na relação sexual. Vale destacar ainda que após a cicatrização, a cirurgia não altera a sensibilidade sexual da mulher”, destacou o médico.