PASSOS – O Botafogo chegou neste sábado, 22, a 50 dias sem um treinador efetivo. Desde a saída de Artur Jorge, no início de janeiro, o clube carioca segue sem um nome definido para comandar a equipe. O técnico português rescindiu seu contrato no dia 3 de janeiro e, no dia seguinte, foi anunciado pelo Al-Rayyan, do Catar. Antes mesmo da decisão oficial, Artur Jorge já demonstrava incerteza sobre sua permanência, evitando cravar que seguiria no comando do Alvinegro em suas entrevistas no mês de dezembro.

Após a saída, a diretoria iniciou a busca por um substituto, mas encontrou dificuldades. O primeiro nome procurado foi André Jardine, do América do México, que recusou a proposta feita por John Textor. Desde então, o Botafogo tem sido comandado de forma interina. Primeiro, Carlos Leiria, técnico do sub-20, assumiu temporariamente, mas não convenceu internamente. Em seguida, Cláudio Caçapa, auxiliar fixo do clube, passou a ocupar a função de maneira provisória até que um novo treinador seja contratado.

A indefinição começa a causar insatisfação no elenco. Alguns jogadores não aprovam a demora na escolha do comandante, e o descontentamento se tornou público após a derrota para o Racing, quando os atletas Savarino e Barboza manifestaram sua frustração. As declarações não foram bem recebidas por Textor, que segue à frente do processo de escolha do novo técnico. Como já é seu padrão, o dirigente busca um nome estrangeiro para ocupar o cargo.