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Bombeiros localizam fêmur em área de busca em Brumadinho

7 de fevereiro de 2025

FRAGMENTOS FORAM ENCONTRADOS NA REGIÃO DO REMANSO 4, DURANTE AS BUSCAS DA OPERAÇÃO BRUMADINHO E FORAM ENCAMINHADAS PARA A PERÍCIA DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS (PCMG), RESPONSÁVEL PELA IDENTIFICAÇÃO / Foto: Reprodução

BELO HORIZONTE – O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) localizou, por volta das 8h45 desta quinta-feira, 6, segmentos corpóreos que podem pertencer a uma provável vítima do rompimento da Barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho.

Os segmentos incluem um fêmur com prótese. Ainda não há informação se eles pertencem a uma das três vítimas que seguem desaparecidas mais de seis anos após a tragédia.

Os fragmentos foram encontrados na região do Remanso 4, durante as buscas da Operação Brumadinho. As amostras foram encaminhadas para a perícia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), responsável pela identificação da vítima, por meio do trabalho laboratorial do Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte.

Segundo informações do governo de Minas, o processo será realizado com a maior celeridade possível e prioridade máxima da equipe técnica da PCMG, assim como vem sendo conduzido desde a data da tragédia, em 25 de janeiro de 2019. Devido ao longo tempo de exposição das novas amostras encontradas, não é possível precisar um prazo para o término das análises laboratoriais. Até o momento, 267 vítimas foram identificadas.

Após seis anos da tragédia que vitimou 270 pessoas, sendo que duas mulheres estavam grávidas, e causou imensos danos à região do Vale do Rio Doce, os Bombeiros seguem com a maior operação de busca e salvamento das Américas, garantindo dignidade e respeito às vítimas e familiares. São mais de 2.200 dias trabalhando na Operação Brumadinho, nas buscas pelas três vítimas ainda não encontradas.

O rompimento de barragem em Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro de 2019 e é considerado o maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas e o segundo maior desastre industrial do século. Foi um dos maiores desastres ambientais da mineração do país, depois do rompimento de barragem em Mariana.

O Corpo de Bombeiros mantém as buscas pelas vítimas e atuam com o apoio de estações de busca, que processam o material recolhido por máquinas e separam os fragmentos maiores dos mais finos. Os bombeiros são treinados para inspecionar visualmente tudo o que passa pelas esteiras e, desde o fim do ano passado, contam com a ajuda de inteligência artificial nesse processo.

As vítimas não encontradas são Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos, que passava férias com a família em uma pousada soterrada pela lama; Nathália de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos, estagiária da Vale que estava no horário de almoço; e Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34 anos, engenheiro mecânico que atuava na mina.