Ézio Santos

DELFINÓPOLIS – A solicitação de afastamento do pároco Antônio Carlos Maia surpreendeu fiéis católicos de Delfinópolis. Segundo nota oficial divulgada no último sábado pela Diocese de Guaxupé, o sacerdote se aposenta em 26 de novembro deste ano, mas, enquanto estiver em bom estado de bem-estar psicológico, emocional e social, passará a gozar do período de emeritude.

Antônio Carlos Maia, de 68 anos, natural de Passos, é atualmente o pároco com mais tempo em uma paróquia entre as mais de 80 do território diocesano, ultrapassando os 39 anos e pediu afastamento à Diocese. Até 26 de novembro ele é chanceler e vigário geral da Diocese. A reportagem apurou que o principal motivo da decisão é o diagnóstico de problemas cardiovasculares.

Após o bispo Dom José Lanza aceitar o pedido do pároco, a primeira opção foi convidar Francisco Albertim Ferreira para substitui-lo na função, que não revelou nenhum impedimento. Dia 8 de novembro ele completa um mês como pároco da Área Pastoral da Canastra, cuja igreja matriz de Nossa Senhora da Dores se localiza no distrito de Ponte Alta.

“Recebi com surpresa o convite e aceitei com o maior prazer, porque a Diocese não tem padre suficiente para assumir a paróquia de Delfinópolis em menos de um mês. Vou continuar também na comunidade da Canastra até que Dom Lanza possa superar a dificuldade, porque o pároco Maia já está de idade, não está muito bem de saúde e temos que entender o seu momento de preocupação. Tudo vai dar certo”, acredita Albertim.

Antes de desempenhar o atual ofício em Ponte Alta, o pároco deixou a comunidade de São Judas Tadeu, em Passos, e foi substituído pelo padre Célio Laurindo da Silva. Natural de Muzambinho (MG), Albertim exerceu de 2010 a 2013, a função de missionário no município paraense de Paragominas. É também escritor e tem 13 livros publicados com temas diversificados sobre a religião católica.

Desde a década de 60, o sacerdote Maia é o segundo mais longevo da diocese em uma paróquia com quase 40 anos na comunidade católica de Delfinópolis. Hoje, com 84 anos e padre emérito, Luiz Gonzaga Lemos, também passense, permaneceu na paróquia Senhor Bom Jesus dos Passos por três anos a mais. Na contemporaneidade, é o capelão do Carmelo São José em sua cidade natal.