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Audiência na ALMG debate vacina contra crack e cocaína da UFMG

12 de agosto de 2023

Em 2021, a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia visitou o CT/Vacinas da UFMG./ Foto: Divulgação.

BELO HORIZONTE – A vacina Calixcoca, desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), será tema de audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na próxima quarta-feira, 16, a partir das 9h30, no Plenarinho II da Casa.

A autora do requerimento para a realização da reunião é a presidenta da Comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT). O objetivo é debater a importância da vacina terapêutica para o tratamento da dependência de cocaína e crack em desenvolvimento na Faculdade de Medicina da UFMG e a ação estratégica de inovação tecnológica no desenvolvimento de medicamentos. 

A pesquisa da UFMG, em andamento desde 2015, observou a produção de anticorpos anticocaína no organismo dos animais usados nos testes pré-clínicos. Atualmente, os cientistas buscam recursos para dar início aos estudos em humanos.

A vacina já concluiu as etapas pré-clínicas, em que foi constatada segurança e eficácia para tratamento da dependência e prevenção de consequências obstétricas e fetais da exposição à droga durante a gravidez em animais.

Participam da reunião na ALMG a diretora da Faculdade de Medicina da UFMG, Alamanda Kfoury Pereira; a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida; o presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Fábio Augusto de Castro Guerra, dentre outros representantes de entidades.

O projeto é finalista do 2º Prêmio Euro Inovação na Saúde, da Eurofarma, e disputa o prêmio de 500 mil euros. A Calixcoca foi uma das selecionadas na 1ª etapa, na categoria Inovação Tecnológica aplicada à Saúde, e já garantiu um prêmio de 50 mil euros. 

A UFMG também foi contemplada com a premiação da vacina SpiNTec, contra a Covid-19, vencedora na categoria Inovação em Terapias. Em 2021, a Comissão de Educação visitou o Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) da UFMG, para conhecer mais sobre este imunizante.

Em agosto daquele ano, a ALMG destinou, por meio de recursos oriundos de acordo judicial firmado com a Vale pela reparação dos danos provocados pela tragédia de Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte), R$ 30 milhões à Universidade para o desenvolvimento desta vacina.