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Associação e ferros-velhos deixam de receber embalagens de remédios

Foto: Reprodução.

Ézio Santos

PASSOS – As cartelas e frascos de remédios devem ser descartados de forma correta após o uso dos medicamentos para evitar contaminação por substâncias químicas e não são mais coletadas por associações de catadores e comercializadas em ferros-velhos.

Recentemente o Portal Sustentabilidade divulgou um documento alertando a população sobre o descarte de embalagens primárias como blister, vidro, plástico e bisnagas de medicamentos que não devem ser colocada no lixo comum. As secundárias, como envelopes, caixas de papelão e bulas podem ser recicladas normalmente.

Em Passos, a Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) da AAção Reciclagem passou a não receber mais blisters como doação, e outros locais, como ferros-velhos por exemplo, que compravam para revendê-las, também não fazem mais a comercialização. A Folha apurou que, no município, não há ponto de recolhimento para cartelas, frascos e bisnagas vazias, e que o material é recolhido pelos caminhões que fazem a coleta de lixo.

De acordo com o artigo 42 da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) número 222, de 28 de março de 2018, que regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos serviços de resíduos de saúde, as embalagens primárias vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas constem no artigo 59 da resolução, devem ser descartadas como rejeitos e não precisam de tratamento prévio à sua destinação. Subentende-se que o documento veio a público através do Portal Sustentabilidade é um complemento da RDC e que atualiza a política nacional dos resíduos sólidos através do decreto 10.028 de 2020.

A farmacêutica da Vigilância Sanitária do município Silemar Vilela afirma que vai sugerir, por meio de redes sociais da prefeitura, uma campanha de conscientização à população sobre o descarte correto das embalagens. Sobre os medicamentos vencidos, ela afirmou que geralmente as drogarias recebem de seus clientes para que façam o descarte de acordo com a legislação vigente, por empresas especializadas.

A reportagem apurou que o lixo hospitalar do município é recolhido e levado para Lavras, onde há um crematório para resíduos sólidos que não podem ser despejados em aterros sanitários controlados em geral, como é em Passos, incluindo os lixões.

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