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Associação de catadores espera novo local para manter atuação

REGINA, A DIREITA, AO LADO DA VICE-PRESIDENTE, SUELI DE SOUZA, DISSERAM QUE A AJUDA DA PREFEITURA E DA AAÇÃO SERÁ FUNDAMENTAL PARA A ASSOCIAÇÃO NÃO FECHAR AS PORTAS./Foto: Divulgação.

Ézio Santos

PASSOS – Com dívida de R$ 50 mil, a Associação e Organização dos Catadores de Recicláveis e Reutilizáveis do Sudoeste Mineiro, ex Coocares, luta para manter as atividades e espera conseguir novo local para atuação.

Para evitar o fechamento, a diretoria espera por uma sede que teria sido oferecida pela Prefeitura de Passos e também por participação em parte da arrecadação no projeto de coleta seletiva do lixo implantado pela administração pública.

Fundada há mais de 20 anos, inicialmente como cooperativa, passou por alterações e corre risco de fechar as portas se não atualizar o cadastro junto à Receita Federal para ter direito a receber verba de programas do município e do governo estadual.

Por conta da situação, a associação não poderá participar do próximo chamamento público no programa de coleta seletiva de resíduos e nem ter acesso aos R$ 80 mil do governo estadual que estão retidos.

A presidente da associação, Regina Lopes de Lima, afirma que já se reuniu com o secretário municipal de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Meio Ambiente, Sebastião Domingos, o Neném da Manoela, representantes da AAção Reciclagem, e aguarda retorno sobre a possibilidade de parte da área do barracão da prefeitura, antiga fábrica de blocos, no Distrito Industrial I, ser destinada como sede da instituição.

“Hoje, ele está cedido integralmente para AAção, mas a diretoria não colocou objeção. Por isso acredito que vá dar certo para continuar nossa luta por anos e anos. Não podemos parar”, disse.

Outro benefício que Regina aponta é que a associação possa receber parte do material da coleta seletiva. “Falta pouco. É questão de atualizar a nossa documentação, porque com a prefeitura e AAção estamos ajustados. Inclusive amanhã (hoje) vamos ao distrito para conhecer de perto o barracão. Estou confiante de que dê certo em termos a nova sede fixa e fazer parte da coleta em toda a cidade. Tudo caminha para um final feliz”, acredita Regina.

Ainda de acordo com informações da presidente, a associação ainda existe por causa da doação mensal de cestas básicas aos oito voluntários catadores pelo AAção, parcerias com três escolas e três empresas que doam material, principalmente papéis branco e coloridos.

“O resto, nossa turma faz varreduras nas ruas e algumas pessoas trazem aqui na avenida Arlindo Figueiredo, perto do Lar São Vicente de Paulo, onde ainda estamos, mas a dívida com o aluguel é elevadíssima e vamos ter que desocupar o barracão”, afirmou a dirigente

Outra dificuldade que a instituição enfrenta desde o ano passado é a queda no preço de venda dos reutilizáveis. O resultado é rateado, semanalmente, entre os catadores. “Não bastasse a nossa situação, está cada vez mais difícil vender pelo preço mais elevado. Não fosse a ajuda da AAção e os benefícios do governo federal que a maioria recebe, porque o dinheiro que recebem no final de semana, entre R$ 100 a R$ 150 não tem como sustentar as famílias”, disse Regina.

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