Esporte

As seleções mais surpreendentes da história das Copas do Mundo

12 de junho de 2023

Às vésperas da Copa do Mundo do Catar, os torcedores só têm uma coisa em mente: levantar a taça de campeão. Os brasileiros sonham com o hexacampeonato desde 2002, quando o time que ficou conhecido como “a família Scolari” bateu a seleção alemã, com dois gols de Ronaldo Fenômeno, e se consagrou pentacampeão mundial. No entanto, a cada nova edição da competição, surge uma seleção que surpreende a todos, a famosa “zebra”.

A cada quatro anos as melhores seleções do mundo se encontram e, durante um mês, são disputadas as fases de grupos e as eliminatórias. O resultado final é, quase sempre, uma grande seleção levando o caneco. No entanto, parte da mística dos Mundiais reside nas equipes que chegam com poucas expectativas e terminam construindo uma bela trajetória, ganhando a simpatia e a torcida dos apaixonados pelo esporte.

A Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil, contou com uma “zebra” histórica. A modesta seleção da Costa Rica, pequeno país da América Central com pouco mais de 5 milhões de habitantes, formou o Grupo D com três campeãs do mundo: Itália, Uruguai e Inglaterra. Para todos, incluindo os especialistas, a Costa Rica seria o “saco de pancadas” do grupo.

Porém, o destino guardava uma grata surpresa. Logo no primeiro encontro, os costarriquenhos venceram o Uruguai por 3×1. Na sequência, a Costa Rica bateu a poderosa Itália com o gol solitário do atacante Bryan Ruiz. Na última rodada do grupo, e com a classificação garantida, Los Ticos, apelido da seleção costarriquenha, empataram sem gols com a Inglaterra, que junto à Itália terminaram eliminadas da competição.

Na fase eliminatória, a primeira rival da Costa Rica foi a Grécia. Os gregos estavam em boa forma e jogavam seu segundo mundial consecutivo. Além disso, eles levavam consigo a proeza de ser um dos maiores azarões do futebol europeu pois venceram a seleção de Portugal, dirigida na época por Luiz Felipe Scolari e com Figo e Cristiano Ronaldo no elenco, na final da Eurocopa de 2004.

A competição europeia é um celeiro de surpresas, pois, além da Grécia, a Dinamarca, outra seleção sem expressão, ganhou o título em 1992. Porém, no Brasil, a história foi diferente. Depois de uma disputa muito acirrada — com a Grécia empatando o jogo nos minutos finais — o jogo foi para os pênaltis. Keylor Navas, o goleiro costarriquenho, pegou uma das cobranças e sagrou-se o herói da classificação.

Nas quartas de final, o adversário foi outro gigante, o time da Holanda. Em nova partida igualada, Los Ticos e a Laranja Mecânica definiram o semifinalista nos pênaltis. Foi então que o conto de fadas acabou. Os holandeses venceram a disputa e seguiram vivos no mundial.

Na Copa de 2002, sediada no Japão e na Coreia do Sul, há também histórias para lá de surpreendentes. A seleção francesa chegou à competição como uma das favoritas ao título, afinal, era a atual campeã mundial. O primeiro confronto do time liderado pelo craque Zinedine Zidane parecia acessível, já que os franceses enfrentariam o Senegal.

A França começou pressionando e acertou a trave, porém, quem abriu o placar foi o volante Papa Bouba Diop, aos 30 minutos da primeira parte, e a partida acabou com a vitória senegalesa. O Mundial, que começou mal, terminou cedo para a França, que foi eliminada na primeira fase após empatar com o Uruguai e perder para a Dinamarca.

Outro “passeio da zebra” aconteceu nas oitavas de final. Um dos donos da casa, a Coreia do Sul, enfrentou a Itália, naquele momento tricampeã do mundo. Os italianos eram francos favoritos e abriram o placar no começo do jogo. Os sul-coreanos não se intimidaram e empataram o encontro no final da segunda parte. O empate levou a disputa para a prorrogação. O clima era tenso e o craque italiano Francesco Totti foi expulso na primeira parte da prorrogação, dando sinais de que o pior ainda estava por vir.

Faltando apenas dois minutos para terminar o duelo, o atacante sul-coreano coreano Ahn Jung-hwan, que jogava no clube italiano Perugia, anotou o “gol de ouro” que despachou os italianos do Mundial. E não acaba por aqui, a valente seleção da Coreia também venceu a Espanha nas quartas de final e só foi parada pelos alemães, na semifinal do torneio. Uma campanha histórica para os Tigres Asiáticos.

A Copa do Mundo de 2022 pede passagem. Os favoritos, entre eles o Brasil, estão realizando os últimos ajustes antes de fechar os elencos que disputarão a maior glória do futebol. Do outro lado, os azarões também estão se preparando para oferecer seu melhor jogo e, quem sabe, marcar seu nome como uma dessas surpresas que ocorrem a cada quatro anos. E para você, quem pode surpreender no Catar?