PASSOS – O artista passense Juscelino Maquiaveli é o responsável pelos novos cavalinhos da avenida Sabiá. As esculturas, produzidas em ferro, enfeitam trechos da avenida, junto a pinturas em postes.
Segundo o artista, são quatro postes e quatro esculturas – estas, fixadas na calçada – que foram executadas a partir de recursos do Ministério da Cultura, por meio da lei Aldir Blanc.
Todos os postes foram pintados por Maquiaveli, enquanto três dos quatro cavalinhos contaram com a participação de alunos das escolas estaduais Caetano Machado, Tancredo Neves e Abraão Lincoln.
“O objetivo, mais uma vez foi alcançado: trazer a arte para a rua, onde a população em geral possa ter acesso a ela, num espaço público, comunitário”, diz Maquiaveli, quanto ao intuito do projeto.
“Foram cinco meses de trabalho intenso, porém prazeroso, que está sendo bem recebido por aqueles que passam pela avenida Sabiá. Em especial as crianças, que parecem ‘entender’ naturalmente a linguagem visual das peças expostas na rua”, afirma o artista.
Juscelino Maquiaveli é formado em Artes Visuais pela Universidade de Nova York, onde morou durante 20 anos. Em 2010, retornou ao Brasil, para Passos, onde começou a procurar novos projetos.
“Fazia o que aparecia: desde vitrines para lojas infantis na Avenida da Moda até decoração para eventos sociais, como o réveillon do Clube Passense de Natação e o Clube Ouro Verde em São Sebastião do Paraíso”, relata.
“A ideia de arte na rua surgiu ao observar que na cidade não havia muito sendo feito nessa direção, e então resolvi pegar essa onda. Com a autorização prévia dos proprietários de muros na cidade, dei início a uma série de murais”, explica Maquiaveli, sobre outro projeto de pintura em Passos.
A partir dessa iniciativa, o artista teve a oportunidade de fazer parte de um grande projeto de arte de rua em Belo Horizonte, organizado pelo Museu de Arte da Pampulha e pela Fundação Municipal de Cultura, intitulado Telas Urbanas.
“O Telas Urbanas contou com a participação de um número grande de Artistas já reconhecidos nas capitais brasileiras, muitos deles vivendo da arte do grafite e murais. Para mim foi uma honra ter estado junto a essa turma que admiro tanto”, diz o passense.