Carlos Renato
PASSOS – O vice-prefeito de Passos e secretário de Planejamento, Maurício Antônio da Silva, prevê arrecadação acima de R$ 1 bilhão no município a partir de 2026. Para este ano, o orçamento é de R$ 769,2 milhões.
“Nós temos recursos da Heineken e de outras empresas que estão chegando em Passos e que começam a entrar no orçamento a partir de 2026, ou seja, nós devemos ter um ciclo de recursos no orçamento para os próximos anos, maior que a nossa cidade já viu. A expectativa é de ultrapassar uma arrecadação de R$ 1 bilhão”, aponta Maurício.
Nesta quinta-feira, a prefeitura realiza uma audiência pública para discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano.
“Nós vamos praticamente dobrar o orçamento que temos atualmente, e esse orçamento de 2026 começa a ser construído ainda 2025. Então o primeiro passo é a LDO, que são as diretrizes orçamentárias que vão mapear a elaboração do orçamento, que é a LOA para 2026”, afirma.
A audiência acontece às 18h, no anfiteatro da Casa da Cultura. A previsão é que o documento seja concluído ainda neste mês, para envio à Câmara para votação, que deve ser feita até o último dia útil.
Segundo Maurício, a reunião tem como objetivo inserir, no orçamento do próximo ano, as demandas, opiniões e necessidades da comunidade.
“O encontro serve para que as pessoas levem suas propostas. Vamos distribuir formulários para que preencham suas sugestões. Depois vamos compilar todas essas demandas para contribuir com a construção e elaboração da LDO”, afirma.
Para Maurício, a participação popular é fundamental. “Qualquer pessoa pode participar, principalmente representantes de conselhos e entidades, que geralmente têm mais contato com a comunidade local e suas necessidades. Se não der tempo que todos manifestem durante a reunião, elas terão esse formulário em mãos. Se alguém não levar sugestões, esse formulário estará disponível também na internet, através do site da prefeitura”, aponta.
“Nossa expectativa é receber um melhor público em relação aos anos anteriores, tendo em vista a previsão de melhoria no orçamento para os próximos anos, além da real possibilidade de a população ser atendida”, disse. Após reunir as sugestões, os secretários de todas as pastas também devem opinar e elaborar propostas para a montagem da LDO 2026.
“Essa lei será encaminhada à Câmara ainda neste mês, que tem a responsabilidade de analisá-la, propor eventuais alterações e votá-la, até o último dia útil de abril. Somente após essa aprovação é que será possível construir a Lei Orçamentária Anual (LOA), que deve ser elaborada e enviada ao Legislativo em setembro”, afirma.
“Estamos aplicando um orçamento participativo. Nunca teve tanta oportunidade de a população ser ouvida e ser acatada com sua sugestão como agora. Por conta disso, a administração está reforçando essa participação”, afirma Maurício.
Para Maurício, a diretriz orçamentária é o ponto de partida para a construção do orçamento. “Tudo começa definindo essas diretrizes. Primeiro, é preciso estabelecer o que deseja realizar. Por exemplo: ‘Quero construir uma praça no bairro Santa Luzia’. Essa intenção deve estar prevista. Se a construção dessa praça não estiver prevista na LDO, ela não poderá ser incluída posteriormente no orçamento. Ou seja, primeiro a diretriz, a intenção entra na LDO e, depois, o valor para a execução é inserido na LOA”, esclarece o vice-prefeito.
Foto: Reprodução