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Arábia Saudita aquece janela de transferências

18 de julho de 2023

Róger Guedes é sondado pelo futebol árabe./ Foto: Reprodução.

Leonardo Pedro

PASSOS – A janela de transferências do meio deste ano é a mais movimentada na história do futebol árabe. Investindo pesado em grandes nomes do futebol mundial. A Arábia Saudita, por exemplo, gastou, até o momento, mais de R$ 1 bilhão em contratações, sendo essa a maior quantia investida na história do futebol local.

O recorde atualmente está representado na contratação de apenas nove jogadores. O mais caro foi o volante português Rúben Neves, pelo qual o Al-Hilal, do técnico Jorge Jesus, que pagou € 55 milhões ao Wolverhampton, da Inglaterra. Essa é a maior transferência da história do futebol saudita.

Ainda assim, o futebol árabe não é o que mais gasta no mundo, ficam atrás das seguintes ligas: Premier League (Inglaterra): € 1,05 bilhão (R$ 5,6 bilhões), Serie A (Itália): € 404,56 milhões (R$ 2,18 bilhões), Ligue 1 (França): € 347,85 milhões (R$ 1,87 bilhão), Bundesliga (Alemanha): €333,88 milhões (R$ 1,8 bilhão) e LaLiga (Espanha): € 227,5 milhões (R$ 1,22 bilhão).

De onde vem o dinheiro?

Nos últimos dias, a movimentação no mercado futebolístico saudita vem chamando a atenção dos brasileiros, por conta das diversas sondagens a atletas de grandes equipes do país. Exemplos disso são: Róger Guedes, do Corinthians e Gustavo Gómez, do Palmeiras, ambos sondados pelo Al Nassr, time treinado por Luís Castro, ex-Botafogo, e onde Cristiano Ronaldo atua.

O governo da Arábia Saudita, por meio do Fundo de Investimento Público, adquiriu 75% dos quatro principais clubes do país: o atual campeão nacional Al-Ittihad, Al-Nassr (onde está Cristiano Ronaldo), Al-Hilal e Al-Ahli. No projeto estava prevista a viabilização de até U$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões) para os times sauditas contratarem e remunerarem ao menos 20 jogadores de primeiro escalão.

A injeção de dinheiro extrapola o que aconteceu para a temporada 2018/19. Na ocasião, o governo aplicou U$ 340 milhões no futebol, com o objetivo de cobrir dívidas da liga e também atrair jogadores. Foi nessa época que o Al-Nassr trouxe o atacante nigeriano Musa, do Leicester, da Inglaterra, por € 16,5 milhões, na então maior transferência do futebol do país. Também houve as chegadas de Souza, Giuliano, Romarinho e mais brasileiros.