13 de fevereiro de 2025
VAMOS INCENTIVAR OS MUNICÍPIOS A FAZER BUSCA ATIVA PARA QUE A POPULAÇÃO POSSA SE VACINAR, AFIRMA O SECRETÁRIO DE SAÚDE DE MINAS, FÁBIO BACCHERETTI / Foto: Reprodução
Carlos Renato
PASSOS – A Santa Casa de Passos informou que na última segunda-feira, 10, foi realizada a primeira captação de múltiplos órgãos no ano de 2025. “Durante o transplante foram captados coração, fígado e rins, que permitiu oferecer novas chances de tratamento a diversos pacientes”, destaca.
Segundo a Santa Casa, a captação reforça o compromisso da instituição com esse tipo de doação e informou o destino dos órgãos. “O coração e o fígado foram transportados para Belo Horizonte, enquanto os dois rins foram transplantados em pacientes que fazem tratamento em Passos, beneficiando receptores da própria região”, afirma.
A Santa Casa ressalta que a primeira captação de órgãos de 2025 marca o início de mais um ano de dedicação da instituição na área de transplantes, destacando a importância da conscientização sobre a doação. “A Santa Casa de Passos segue empenhada em transformar solidariedade em novas oportunidades de vida”, completa.
Doação
A doação de órgãos e sua destinação para transplante é coordenada em Minas Gerais pelo MG Transplantes, que é responsável pela captação e distribuição de órgãos em todo o estado, por meio da central estadual de transplantes (CET).
Segundo informações do MG Transplantes, há três tipos de doadores: o doador em morte encefálica, o doador vivo e o doador de coração parado. “O doador vivo é qualquer pessoa saudável que concorde com a doação, sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais. Por lei, podem ser cônjuges e parentes até o quarto grau”.
“Os doadores vivos podem doar um dos rins, a medula óssea, uma parte do fígado e uma parte do pulmão. O potencial doador vivo deve ser encaminhado a um centro transplantador, para que se verifique as possibilidades do transplante”, informa.
Conforme destaca do MG Transplantes, já a retirada de tecidos e órgãos de doador falecido para transplantes depende da autorização do cônjuge ou parentes até o segundo grau, que são consultados após o diagnóstico de morte encefálica (parada total e irreversível do cérebro, atestado por diversos exames).
“É importante comunicar à família o desejo de ser doador, não é necessário deixar nada por escrito. Podem ser doados os seguintes órgãos e tecidos: córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, intestinos, pele e tecidos musculoesqueléticos”, frisa.
O MG Transplantes ressalta ainda que quando o paciente está em quadro de morte encefálica, podem ser retirados todos os órgãos passíveis de doação. “Com o coração parado é possível doar apenas as córneas, que podem ser retiradas num prazo de até seis horas”.
Segundo a instituição, para entrar na lista de receptores de órgãos e transplante é preciso ser encaminhado por um médico para um dos centros transplantadores. “O paciente é submetido a vários exames, que variam conforme o caso clínico, para que seja comprovada a necessidade do transplante”.
“Para a realização do transplante, há uma lista única do estado de Minas Gerais, sob a responsabilidade do MG Transplantes, em que são observados vários critérios: urgência, compatibilidade de grupo sanguíneo, compatibilidade anatômica (tamanho do órgão e do paciente), compatibilidade genética, idade do paciente, tempo de espera, entre outros critérios”, destaca.
Caso deseje tirar dúvidas sobre a doação de órgãos, ligue telefone 0800-2837183 ou visitar a página www.saude.mg.gov.br/doeorgaos.