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Após afastamento, Ednaldo perde apoio da maioria das federações

17 de maio de 2025

Manifesto assinado por 19 federações pede mudanças na CBF e apoia nova eleição / Foto: Reprodução

PASSOS – A saída de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teve repercussão imediata entre os dirigentes estaduais. Logo após a decisão judicial que o retirou do cargo, 19 das 27 federações estaduais se posicionaram a favor de uma renovação na entidade máxima do futebol nacional.

O grupo de dirigentes formalizou sua posição em um documento coletivo intitulado “Manifesto pela Estabilidade, Renovação e Descentralização do Futebol Brasileiro”, no qual defendem a convocação de novas eleições para a presidência da CBF. Embora o texto não mencione Ednaldo diretamente, o apoio à mudança na gestão é evidente. A nova eleição poderá ser organizada por Fernando Sarney, indicado pela Justiça do Rio de Janeiro como interventor da entidade.

Entre os principais pontos do manifesto, destaca-se a necessidade de modernizar a administração do futebol nacional. Os signatários cobram uma CBF mais transparente, eficiente e profissionalizada, com práticas mais alinhadas aos princípios de boa governança.

O movimento, no entanto, não é unânime. Oito federações estaduais não aderiram à iniciativa: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso e Amapá.

A crise que resultou na saída de Ednaldo foi desencadeada por suspeitas em torno de um documento com assinatura supostamente falsificada de um dos vice-presidentes da CBF, o Coronel Nunes. A assinatura teria sido usada para validar um acordo que sustentava a legitimidade da eleição de Ednaldo, realizada em 2022. Se comprovada a falsificação da assinatura, a eleição de Ednaldo se tornaria inválida.

A decisão foi publicada nesta quinta-feira, 15, pela 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Na semana anterior, o STF já havia recebido duas denúncias contra o presidente. Uma da deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e outra de Fernando Sarney, vice-presidente da CBF.