Carlos Renato
PASSOS – O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, na semana passada, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023.
A região, composta por 27 municípios, atingiu média de 4,9 pontos nos anos finais do Ensino Fundamental (5º ao 9º ano) na rede pública de ensino, alta de 0,3 pontos em relação a última pesquisa feita em 2021, e manteve o índice alcançado em 2019
No cenário estadual, a nota média da região manteve o índice registrado em Minas Gerais.
O município de Bom Jesus da Penha alcançou o melhor índice na região, com nota de 5,9 no Ideb de 2023, alta de 0,6 ponto, em relação à pesquisa de 2021.
Itaú de Minas (5,7 pts), Capetinga (5,6 pts) e Claraval (5,4 pts) também se destacaram no Ideb nessa etapa de ensino. Já São Tomás de Aquino, com nota de 4,1, foi o município com o pior índice.
Passos alcançou a nota de 4,9 e São Sebastião do Paraíso ficou com 5,3 pontos. Já Piumhi atingiu o índice de 4,2 pontos.
Comparando com o Ideb de 2019, anterior ao período da pandemia da covid-19, apenas 10 municípios da região melhoraram as notas no atual índice.
Ensino Médio
Em relação aos resultados do Ideb 2023 para o Ensino Médio na rede pública de ensino, a região ficou com média de 4,1 pontos, abaixo do índice alcançado em Minas Gerais (4,2 pts) e com queda de 0,1 em relação a nota média alcançada no Ideb de 2019.
O município de Fortaleza de Minas ficou na primeira colocação, com nota de 5,1, seguido por Bom Jesus da Penha (4,9 pts) e Jacuí (4,6 pts).
Passos alcançou a nota de 4,3 e São Sebastião do Paraíso ficou com 4,5 pontos. Já Piumhi atingiu o índice de 3,9 pontos, um dos menores índices da região.
O Inep não divulgou os resultados do Ideb no Ensino Médio em 2023 nos munícipios de Carmo do Rio Claro e Nova Resende.
Ideb
Segundo o Inep, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações.
Conforme o órgão, o Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
De acordo ainda com o Inep, o índice agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10, com a combinação entre fluxo e aprendizagem.
Pandemia
De acordo com a nota técnica do Inep, o cálculo do Ideb 2021 seguiu a mesma metodologia proposta em 2007 e que vem sendo utilizada de forma inalterada ao longo dos anos, com o objetivo de manter a comparabilidade do indicador, porém deve ser considerado os efeitos da pandemia, que afetou a educação no país.
“Todavia, a pandemia do novo coronavírus teve grande impacto nas atividades escolares em 2020 e esse contexto deve ser considerado para uma adequada interpretação dos resultados do Ideb 2021”, destacou.
“A despeito de todas as diversidades de medidas pedagógicas e sanitárias adotadas, é reconhecido que a pandemia impactou diretamente o pleno desenvolvimento das atividades pedagógicas e da participação e aprendizagem dos alunos”, enfatizou.