Débora Meira
PASSOS – O Ambulatório Escola (Ambes) da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) promoveu durante esta semana o “CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) Itinerante: Todos Contra a AIDS”, em Passos. As ações de combate a doença e a programação para o “Dezembro Vermelho” iniciou na última segunda-feira, 28, com a realização de testes rápidos e orientações sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O projeto contou com a parceria do setor da Epidemiologia da Prefeitura de Passos e do Centro de Saúde do Trabalhador (Cerest).
De acordo com o coordenador do Ambes, Geilton Xavier de Matos, o CTA Itinerante também disponibilizou aferição de pressão arterial, verificação de glicemia e aplicação de vacinas contra a febre amarela, tétano e hepatite B aos trabalhadores do comércio de Passos. “Também realizamos uma campanha on-line com a temática ‘Vamos falar sobre HIV/Aids?’ incentivando o uso do preservativo nas relações sexuais”, disse.
“O tratamento do paciente que vive com HIV/Aids (PVHIV/Aids) consiste no uso regular de antirretrovirais e acompanhamento clínico, além de exames específicos que monitoram o vírus circulante e a imunidade do paciente. Nas nossas ações são realizados testes rápidos que demoram 20 minutos para saber o resultado, caso seja positivo, será realizado outro exame com uma tecnologia diferente”, comentou o coordenador sobre o diagnóstico e tratamento das ISTs.
Segundo ele, atualmente o Ambulatório Escola atende 618 pacientes residentes em 25 municípios da região, sendo um centro de referência a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento para Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais.
“Hoje o tratamento é menos agressivo ao organismo de um paciente que vive com HIV/Aids proporcionando praticamente a mesma expectativa de vida que uma pessoa não infectada. São um, dois ou três comprimidos ao dia, pois através da tecnologia farmacêutica a indústria investe em combinações e associações para que o paciente utilize o menor quantitativo possível ao dia”.
“Os medicamentos são mais eficazes em relação aqueles dados no surgimento da doença, com graves efeitos colaterais. Hoje, as tecnologias de prevenção também estão mais , porém o uso do preservativo ainda é a melhor e mais prática ação preventiva ofertada pelo SUS. Portanto, a Aids ainda não foi vencida e a prevenção ainda é o melhor remédio”, informou Geilson.
Casos
Segundo dados do Ministério de Saúde, em 2022, cerca de 1 milhão de pessoas viviam com HIV no Brasil, das quais 90% foram diagnosticadas, sendo 81% das que têm diagnóstico estão em tratamento antirretroviral e 95% de quem está em tratamento antirretroviral têm carga indetectável do vírus.
Estes dados mostram que o país alcançou uma das três metas globais definidas pela Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), para que a doença deixe de ser uma ameaça à saúde pública até em 2030.
Foto: Divulgação / Ambes.