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Alpinópolis cria programa para atendimento a pessoas com autismo

O objetivo do programa é ampliar o quadro de profissionais especializados neste diagnóstico clínico./ Foto: Divulgação.

ALPINÓPOLIS – Com o objetivo de promover acesso à saúde de qualidade para a população, a Prefeitura de Alpinópolis cria um programa para acolhimento e atendimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Segundo a secretária de Saúde de Alpinópolis, Sandra Mara Morais da Silveira Borges, as atividades já foram iniciadas com a contratação de uma especialista no assunto, a neuropediatra Monique Rocha, que atende em algumas unidades de saúde do município. “O objetivo da administração, de acordo com o prefeito Rafael Freire, é ampliar o quadro de profissionais especializados neste diagnóstico clínico e estruturar um espaço específico para os atendimentos, que chama ‘Casa TEAmo’”, disse.

De acordo com a prefeitura, esse local, funciona no antigo Atendimento Multiprofissional de Alpinópolis (AMA), na região central da cidade, localizado na rua João Batista de Carvalho, que está preparado para possibilitar um atendimento responsável e acolhedor, dando o suporte necessário para as pessoas com diagnóstico de TEA e suas respectivas famílias.

No final deste mês está previsto um encontro entre a neuropediatra e a sociedade alpinopolense, quando serão abordados temas referentes ao assunto, ocasião em que, também, será feito o lançamento do programa e a explicação do passo a passo de como ele acontecerá na prática.

Autismo

No dia 2 de abril foi a data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o “Dia Mundial de Conscientização do Autismo”. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), segundo especialistas, não é uma doença, mas sim “uma condição de saúde caracterizada por deficit na comunicação social e no comportamento”.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Alpinópolis, os dados sobre o número de pessoas com autismo em Alpinópolis não são precisos. No entanto, levando em conta as projeções da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que estima a quantidade de pessoas com autismo na faixa de 1 para cada 160 habitantes, presume-se que em Alpinópolis existam, mais ou menos, 112 pessoas com essa condição.

Conforme informações da OPAS, embora algumas pessoas com transtorno do espectro autista possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo de toda a vida.

Segundo a secretária de Saúde de Alpinópolis, Sandra Mara Morais da Silveira Borges, a falta de conhecimento da sociedade sobre o que é o autismo, dentro de todo o seu espectro, bem como a ausência de políticas públicas consolidadas para inclusão e terapias para pessoas com autismo ainda são os principais desafios das famílias.

“Foi justamente pensando nisso, e atendendo a uma demanda apresentada por mães de crianças já diagnosticadas em Alpinópolis, que o prefeito decidiu estabelecer essa política pública na cidade. Nosso objetivo é garantir que essas pessoas tenham acesso a serviços especializados e de qualidade, o que contribui para a formação de uma sociedade mais inclusiva e acolhedora”, afirmou Sandra.

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