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Alpinópolis cria comitê e prevê centro de acolhimento a animais

Conferências e reuniões são realizadas para discutir a implantação de políticas públicas para a causa animal no município. / Foto: Divulgação

Carlos Renato

 

ALPINÓPOLIS – O município de Alpinópolis prevê a criação de um comitê técnico regional e deve implementar o Centro de Acolhimento Transitório para Animais de Rua (Cata) e para tratamento de cães e gatos doentes e feridos.

O anúncio foi feito durante uma conferência de manejo populacional de cães e gatos, que ocorreu na cidade no final do mês de junho, e confirmado pela vereadora e defensora da causa animal Cleusa Freire, após outras reuniões sobre o tema com lideranças regionais.

Segundo Cleusa, o projeto da construção do centro ainda está em fase de discussão. “Ainda não tem muita coisa definida, ainda precisamos definir como vai ser o projeto. Mas já é o início da realização de um sonho que trago comigo”, disse.

De acordo com a vereadora, a conferência e os encontros serviram para tratar de temas como políticas públicas para animais, controle populacional de cães e gatos, educação ambiental, atenção básica à saúde animal, enfrentamento a situações de maus-tratos contra animais e atenção à situação de acúmulo indevido de animais.

Conforme ressaltou Cleusa, a implantação do Cata e do tratamento do crescimento populacional de cães e gatos é fundamental. “Esse controle evita o surgimento de populações descontroladas, que podem sofrer com a falta de alimentos, abrigos e cuidados veterinários adequados. Isso contribui para a reduzir da ocorrência de animais em situações de abandono, maus-tratos e sofrimento”, destacou.

“Animais errantes ou abandonados representam um risco para a saúde pública, uma vez que podem transmitir doenças zoonóticas, que passam dos animais para os humanos, e causar problemas sanitários nas comunidades onde vivem”.

Ela também reforça que o controle populacional busca a conservação da vida selvagem, pois animais domésticos em superpopulação podem representar uma ameaça à biodiversidade local, predando espécies nativas ou competindo por recursos naturais.

“Esse crescimento gera impacto ambiental, com a contaminação do solo e da água por resíduos orgânicos, por exemplo. Portanto, tratar do crescimento populacional de cães e gatos é importante não apenas para o bem-estar desses animais, mas também para proteger a saúde pública, contribuir para a conservação da vida selvagem e evitar danos ambientais”, afirmou.

Para a vereadora, o município já teria evoluído com a implantação de algumas políticas públicas, mas ainda teria alguns outros pontos para melhorar.

“Foi feito a castração permanente em cães e gatos em Alpinópolis, com recurso próprio, foi repassado subvenção para a Associação Patas e Focinhos, onde promovem consultas e oferecem medicamentos e ração para animais em situação de rua, instituição da campanha em escolas municipais sobre o ‘Dezembro Verde’, que trata do abandono de animais, além da aprovação de leis, com a criação de banco de ração, do Conselho de Proteção Animal, dentre outras ações”, disse.

Cleusa indicou ainda que deve solicitar o dobro do número de castrações ofertados mensalmente em cães e gatos no município, realizar outras conferências e protocolar na Câmara, dois projetos de leis, sendo um sobre o programa ‘Direito Animal na Escola’ e outro que trata sobre maus tratos a animais.

“Com isso, buscamos a conscientização e educação humanitária, com a discussão sobre o direito dos animais, noções e manejo e comportamento animal, guarda responsável e bem-estar animal”, disse.

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