4 de outubro de 2024
Mattos criticou a falta de responsabilidade financeira de alguns clubes e destacou que o Cruzeiro segue uma estratégia organizada e planejada./ Foto: Reprodução
PASSOS – Nesta quinta-feira, 3, Alexandre Mattos, CEO de futebol do Cruzeiro, participou de um evento focado nas Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) e no Fair Play Financeiro. Durante sua apresentação, ele abordou o cenário atual do Cruzeiro, detalhando o processo de reorganização financeira do clube e destacando a necessidade de responsabilidade nas contratações no futebol brasileiro.
Mattos explicou que a chegada de Pedro Lourenço como sócio majoritário revelou um panorama financeiro mais complexo do que se imaginava. “A expectativa era outra, mas, ao assumirmos, concluímos passivos e problemas ocultos. Pedro está transformando o Cruzeiro de acordo com sua visão empresarial, e estamos avançando para consolidar essa gestão profissional”, afirmou.
Em relação às contratações, o dirigente foi claro ao afirmar que o clube tem agido com cautela e dentro das suas possibilidades. Ele criticou a política de gastos desmedidos adotados por alguns clubes e destacou que o Cruzeiro segue uma estratégia organizada e planejada. “Temos um limite claro e estamos trabalhando como uma empresa, dentro da realidade. O elenco é bom, mas como qualquer clube, há pontos a melhorar. Nossa prioridade é manter uma estrutura sustentável”, disse Mattos.
Ao abordar a reestruturação financeira, ele enfatizou a importância de reduzir as dívidas do clube e alertou sobre a necessidade de manter os pés no chão. “O torcedor precisa entender que o Cruzeiro ainda carrega um fardo financeiro pesado, mas estamos no caminho certo. Não podemos repetir erros do passado, como no futebol feminino, onde gastamos além do que podíamos”, ressaltou.
Mattos concluiu criticando a falta de responsabilidade financeira de alguns clubes brasileiros e reforçou o compromisso do Cruzeiro com o Fair Play. “Cruzeiro paga suas contas rigorosamente em dia. Fair Play começa com isso: cumprir o que se promete. O que alguns clubes estão fazendo não é sustentável, e isso precisa acabar no futebol brasileiro.”