Balanço
O Sistema Faemg Senar, em coletiva de imprensa no último 17\12, fez um balanço do agronegócio mineiro em 2024. Conforme dados da Federação, as exportações do agronegócio mineiro registraram aumento de 17,8% em 2024 atingindo US$ 14,17 bilhões até outubro. Os produtos mineiros conquistaram mercados em 169 países, consolidando o estado como referência no cenário global. A participação do agronegócio nas exportações totais de Minas atingiu 40,3%.
“Mesmo diante de desafios, o setor demonstrou seu compromisso com a segurança alimentar mundial, consolidando Minas Gerais como referência em competitividade global e sustentabilidade no campo”, disse o presidente do Sistema, Antônio de Salvo.
O complexo cafeeiro liderou as exportações, representando 43,7% do total. Em seguida, o complexo soja (22,1%), o setor sucroenergético (14,3%), as carnes (8,9%) — incluindo bovinos, aves, suínos e derivados — e produtos florestais, como celulose, madeira e papel (6,7%).
Com um Valor Bruto da Produção (VBP) estimado em R$ 150,33 bilhões e crescimento de 7,6% em relação a 2023, os setores agrícola e pecuário movimentaram R$ 95,6 bilhões (67,6%) e R$ 54,76 bilhões (36,4%), respectivamente. Os principais destaques foram o café (R$ 36,03 bilhões), a pecuária de leite (R$ 25,96 bilhões), a soja (R$ 16,24 bilhões), a pecuária de corte (R$ 15,66 bilhões) e a cana-de-açúcar (R$ 11,45 bilhões).
Café
A pauta da semana foi mesmo o preço do café. Por todos os lados. Valor da saca para o produtor e valor na gôndola do supermercado para o consumidor. A realidade é que com as frentes enfrentadas pelos produtores nos últimos anos em decorrência do clima, geadas e secas, a produção, embora significativa, não é suficiente para atender as demandas crescentes. Com o dólar na casa dos + R$ 6,00, o mercado para 2025 sinaliza a sequência de preços altos para todos os envolvidos nesta cadeia. O consumidor vai pagar mais pelo cafezinho nosso de todo dia. Enquanto isso, os compradores de outros países procurarão garantir estoques para as suas cafeterias na Europa, Ásia, América. Somente uma boa safra para equalizar o mercado.
Queijos
E um dos grandes acompanhamentos do nosso café de todo dia, o Queijo Minas Artesanal, que é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, ganha reconhecimento. No Vale do Rio Doce, no município de Campanário, a 75km de Governador Valadares, o casal Antônio Jesus de Freitas e Mônica Miranda Freitas, que se dedica aos afazeres e à produção na Queijaria Montanha, foram homenageados pela participação de destaque no Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Sistema Faemg Senar. O troféu foi entregue ao casal pelo gerente regional do Sistema Faemg Senar, Luiz Ronílson Paiva, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Edberto Rezende, e do diretor Afonso Bretas.
DENISE BUENO é jornalista especializada em agronegócio. E-mail: denisebueno.folha@gmail.com