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Agro exporta US$ 12,4 bi até setembro e atinge novo recorde em Minas 

RECEITA COM EXPORTAÇÕES DE CAFÉ VERDE, TORRADO, EXTRATOS E DERIVADOS CHEGARAM A US$ 5,2 BILHÕES, COM O EMBARQUE DE 21,9 MILHÕES DE SACAS PARA 85 PAÍSES./ FOTO: REPRODUÇÃO

BELO HORIZONTE – O agronegócio mineiro exportou 13,9 milhões de toneladas de produtos entre janeiro e setembro deste ano e teve receita de US$ 12,4 bilhões. De acordo com informações do governo do estado, o volume embarcado teve crescimento de 12% e a receita aumentou 17% na comparação com o mesmo período de 2023. 

Ainda segundo o governo mineiro, os números registrados nos nove primeiros meses deste são os maiores da série histórica, iniciada em 1997. A previsão é que a receita anual atinja cerca de US$ 17 bilhões. 

 “O crescimento constante da nossa comercialização com mercados internacionais prova que, quem busca conhecimento e segue as boas práticas de produção e ambientais, alcança reconhecimento. E quando esse reconhecimento vem em forma de renda para o campo e receita para o Estado, é ainda melhor. A economia se movimenta e todos ganham”, afirma o secretário de estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Thales Fernandes. 

No mês de setembro deste ano, os números foram de US$ 1,4 bilhão em receita e 1,2 milhão de toneladas embarcadas. O café obteve valorização e, por sua grande participação na pauta exportadora do agro (52% no mês), influenciou positivamente a receita arrecadada. 

O café continua sendo o carro-chefe do desempenho do setor. Café verde, torrado, extratos e derivados totalizaram US$ 5,2 bilhões, com o embarque de 21,9 milhões de sacas para 85 países. Foi mais um recorde para o setor, tanto na receita quanto no volume embarcado. O café ainda responde por cerca de 42% das exportações do agronegócio de Minas Gerais, representando um acréscimo de 37% na receita e 28% no volume. 

Todos os principais mercados importadores de café seguiram com acréscimos nas aquisições. 

O chamado complexo soja, formado pela soja em grãos, farelo de soja e óleo de soja, atingiu a marca de US$ 3,1 bilhões e 7 milhões de toneladas. Os números, no entanto, revelam uma leve queda de 3,2% na receita obtida, em comparação com o ano anterior. O volume exportado aumentou em 16%, mas também aponta para um cenário de desvalorização no preço médio. A China segue sendo o maior destino de soja, com 77% dos envios. 

No grupo de produtos formado por açúcar de cana, álcool e demais açúcares, o açúcar vem mantendo as vendas aquecidas com aumento de 30% no valor e 24% no volume exportado. No total, o complexo sucroalcooleiro representou 14% das exportações mineiras, com receita de US$ 1,7 bilhão e comercialização de 3,6 milhões de toneladas. 

As proteínas bovinas, suínas e de frango aumentaram em 10% a quantidade embarcada no período, com 351 mil toneladas. A receita somou US$ 1,1 bilhão, um crescimento de 9%. A carne bovina ainda é a principal venda do grupo, com 73% da receita. Foram US$ 816 milhões e 190 mil toneladas – um novo recorde para o volume embarcado. 

Os principais clientes dessa proteína são a China, os Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Filipinas. 

A carne suína manteve desempenho positivo com acréscimos de 8% no valor e 25% no volume embarcado, com receita de US$ 40 milhões e 21 mil toneladas. Já o frango registrou quedas em seus números e no volume de compras pela China, que recuou em cerca de 40%. 

No entanto, os outros principais países compradores da ave, como Emirados Árabes Unidos, México e Singapura, aumentaram suas aquisições. No período apurado, a exportação de frango alcançou US$ 256 milhões em receita e 135 mil toneladas embarcadas. 

No grupo formado pela celulose, madeira, papel, borrachas e gomas naturais, as exportações totalizaram US$ 888 milhões, com embarque de 1,3 milhão de toneladas. A celulose, principal produto do setor, voltou a apresentar crescimento nas vendas, alcançando um total de US$ 865 milhões e 1,2 milhão de toneladas, o que equivale a 97% da receita do segmento. 

Os principais parceiros comerciais de Minas Gerais no exterior foram a China (US$ 3,6 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,2 bilhão milhões), Alemanha (US$ 919 milhões), Itália (US$ 544 milhões) e Bélgica (US$ 515 milhões). 

Em relação ao cenário nacional, Minas Gerais se posiciona no quarto lugar como principal estado fornecedor de produtos agropecuários, responsável por 10% das exportações brasileiras.

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